Mercado gospel na balança I: Não foi o melhor ano. Com certeza não.

Quase todos os dias “desertam” dos corais das Igrejas ou caiem de uma galáxia qualquer, candidatos ao “estrelato gospel”. Muitos nem sequer compreendem qual é a missão do músico gospel. Lutam por fama, sucesso e pronto, “obrigam” Deus a fazer o milagre de lhes colocar no andar da fama.

Avaliar o mercado gospel, é um exercício que requer cuidado. E não pouco.

2017 Não foi um ano rentável para a música gospel
2017 Não foi um ano rentável para a música gospel

Não por receio de desagradar gregos ou troianos, mas porque há um conjunto de aspectos que devem ser cuidadosamente analisados.
Em 2016, terminei o meu balanço pedindo prudência a quem muito almeja por sucesso. “O sucesso é obra do trabalho e Deus abençoa quem trabalha.” Escrevi na altura. Por ai, começo minha “radiografia” do ano 2017.
A muitos faltou prudência. E o resultado foi desagradável. Muito desagradável. Investimentos que não tiveram retorno, dívidas e em alguns casos conflitos de grandes dimensões.
Qualidade x quantidade
O mercado gospel cresce aceleradamente. Quase todos os dias “desertam” dos corais das Igrejas ou caiem de uma galáxia qualquer, candidatos ao “estrelato gospel”. Muitos nem sequer compreendem qual é a missão do músico gospel. Lutam por fama, sucesso e pronto, “obrigam” Deus a fazer o milagre de lhes colocar no andar da fama.
Continua haver uma relação muito desproporcional entre a quantidade de músicos/grupos e a qualidade presente no mercado. Não espero que ela venha a ser proporcional, mas que o fosso não seja tão acentuado. Dentre as razões para essa falta de qualidade, sem dúvidas, está em primeiro lugar a falta dos mais básicos conhecimentos técnicos por parte de alguns “artistas”. Por estar a falar de música gospel, não posso deixar de falar das mensagens. Com tanto versículo bíblico para ser cantando, alguns vão buscar não sei aonde, letras que deixam a desejar. Falta criatividade.
Faltam investimentos sim, os empresários ainda ignoram as potencialidades mercado gospel. Mas o imediatismo que domina os corações de muitos artistas e o “descuidado” uso da fé, onde é necessário conhecimento técnico, têm contribuído bastante para o que se vê no mercado gospel. É só olhar para os volumes de venda de CDs. Os produtores têm também sua responsabilidade. É por via deles, que aparecem no mercado músicos que nem mesmo em suas casas são ouvidos.
Uma palavra de reconhecimento e encorajamento, deve ser dada aos músicos que se dedicam afincadamente para colocar no mercado trabalhos de qualidade comparada com a de músicos internacionais. Estes vendem, têm agenda cheia e atraem para os seus eventos muita gente.
 
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