Três jovens, hoje com menos de 20 anos, estão privados do convívio do progenitor, desde 2011, em consequência de um sequestro consumado pela própria mãe.
Em declarações ao Jornal de Angola, o pai dos jovens lamentou o sucedido, por terem sido sequestrados da sua residência, enquanto trabalhava.
Em sessão que teve lugar na quinta-feira, na Sala dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, tornou-se público que o sucedido se deu devido às constantes divergências entre o casal, que levaram a mãe a abandonar a casa onde vivia com o marido e os filhos, deixando estes ao cuidado do pai.
Em 2012, depois de ter passado a quadra festiva com os menores, a mãe negou devolvê-los ao pai, alegando que já não podiam viver com ele. Perante tais factos, o progenitor apresentou queixa no Instituto Nacional de Apoio à Criança (INAC), que encaminhou o assunto à Sala do Julgado de Menores, da Família, à Procuradoria Geral da Republica (PGR) e ao SIC.
Em 2013, o casal esteve na Sala de Família para discutir a guarda dos filhos. Em seguida, sem comunicar ao progenitor, a mãe procedeu a um novo registo das crianças, deixando em branco a filiação paterna, ignorando o facto de os filhos já terem sido registados nos primeiros meses de vida.
“Os miúdos, neste momento, encontram-se psicologicamente abalados com esta situação que enfrentam. Sentem-se menosprezados, revoltados e emocionalmente instáveis, carecendo de acompanhamento de especialistas. Inclusive recorrem ao consumo de álcool para conseguirem lidar com a situação”, disse o pai.
O julgamento do caso, que teve início no dia 15 de Janeiro, é retomado hoje, na 9ª Secção da Sala dos Crimes Comuns, em Luanda, onde os progenitores serão, mais uma vez, ouvidos.
Fonte: JA