O inspector-geral da Administração do Estado, João Pinto, apelou, sexta-feira, em Malanje, às autoridades tradicionais, igrejas e partidos políticos a contribuírem na transmissão dos valores positivos para a moralização dos gestores públicos.
João Pinto, que fez o pronunciamento na abertura do seminário sobre “Ética na Administração Pública”, disse que a melhor forma de moralizar é reflectir e educar para depois responsabilizar.
O inspector-geral da IGAE defendeu, também, a uniformização da moral e dos costumes para que se tenha a ética republicana, no quadro da Constituição. “É importante que os agentes públicos, civis ou militares, e especialistas das diversas áreas possam compreender que estão sujeitos à deontologia do serviço público”, sublinhou.
João Pinto reconheceu que a “moralização de uma pessoa leva muito tempo e que a actividade inspectiva não deve ser exercida com maldade, mas com conhecimento e moderação para se poder responsabilizar”, disse.
Durante o seminário, dirigido aos gestores públicos, deputados do círculo eleitoral provincial, autoridades tradicionais, entre outros, o vice-governador de Malanje para o Sector Político, Social e Económico acrescentou que, no desempenho das suas funções, os agentes públicos, principalmente os que desempenham cargos de direcção e chefia, deparam-se com situações que exigem a tomada de decisões que nem sempre são pautadas pelas melhores práticas.
Franco Mufinda sublinhou, ainda, que as boas decisões exigem discernimento, integridade, honestidade, decência, mas sobretudo o exercício de princípios éticos e de probidade, se for tido em conta que são eles que têm a responsabilidade de gerir os recursos públicos com a finalidade de promover o desenvolvimento das comunidades e do bem-estar das populações.
O vice-governador avançou que a província de Malanje controla mais de 15 mil funcionários públicos, dos quais 1. 500 assumem cargos de direcção e chefia e 106 ocupam cargos políticos.
Fonte: JA