O apoio à classe artística e o aumento de iniciativas ligadas ao sector passam, para o presidente da ONG “Pro-Cult Angola”, Belmiro Carlos, por maior incentivo ao investimento privado por parte do Executivo.
O fomento sustentado do sector da cultura permitiria, disse Belmiro Carlos, maior dinamização das artes no país e o surgimento de uma economia de marcado virada ao domínio cultural. “O Executivo deve garantir que a produção e a exploração artística aconteçam sem prejuízo da dimensão ética e jurídica da cultura.”
Para Belmiro Carlos, os mecenas devem ser encorajados, também, a descobrir novos talentos. “Os doadores têm de ser tratados de modo a sentirem-se incluídos na vida cultural nacional, assim como os beneficiários levados a perceber que os patrocínios e doações não são só importantes por razões financeiras pessoais, mas à legitimação de missões culturais”, destacou Belmiro Carlos.
No âmbito da reanimação da iniciativa privada no sector cultural, a ONG ProCult Angola, cujos membros tomaram posse, numa cerimónia realizada na sexta feira, na galeria Talatona Art, em Luanda, pretende organizar o I Festival Internacional da Cultura Bantu (FestiBantu) e o I Encontro Cultural da Diáspora Angolana, numa contribuição aos esforços para o renascimento das artes no continente.
Organização Não-Governamental
Com sede em Luanda e representações no Brasil, Espanha, França, Itália, Portugal, Turquia e Estados Unidos, a Pro-Cult Angola tem como presidente da mesa da assembleia-geral o dramaturgo Africano Kangombe, presidente do conselho fiscal, o pintor Bastos Galiano e directora executiva a arquitecta Ana Blackman Taylor.
A Pro-Cult Angola é uma ONG dedicada à prestação de serviços de intermediação destinados a promover o surgimento e o crescimento de incentivos ao investimento privado no sector da cultura em Angola. Tem, ainda, como objectivo angariar fundos no interior e exterior e garantir serviços de consultoria, agenciamento, marketing e gestão de projectos próprios e de terceiros.
A directora executiva da ONG afirmou que o projecto foi criado para, no âmbito do exercício colectivo da cidadania, encorajar e apoiar o Estado, para serem também promovidas iniciativas de financiamento ao sector privado angolano.
Fonte: JA