O nome, resulta de uma expressão “What’s up?” muito utilizada pelos norte-americanos, como uma maneira informal de se comunicar com outras pessoas. “What’s up?”, significa algo como “o que está havendo?” ou “o que está acontecendo?”.
É sem dúvidas o aplicativo mais usado para a partilha de conteúdos sensíveis, obscenos ou outros, por não possuir mecanismos de censura.
Se antigamente para ver um filme pornográfico era necessário ir a um video clube, que só exibia no período noturno, com restrições de etárias, com o whatsapp parece que o “problema” ficou resolvido.
Sem censura, você pode receber e enviar todo tipo de conteúdo a qualquer hora e em qualquer lugar, bastando ter acesso a internet. Talvez isso explique a popularidade do aplicativo, adorado por adolescentes, jovens e adultos, e que tem sido um bom “refúgio” para os que se escondem do “policiamento” de encarregados de educação, ou de seus parceiros.
Que o diga o João, meu companheiro de uma recente viagem para o interior do país. Aparentemente na casa dos 20 anos, é um “whatsappeiro de gema”.
Ao longo da nossa viagem de aproximadamente 14 horas, seu telefone só não “apitou” nos períodos em que esteve desligado por falta carga. Prevenido que é, o João levou o seu acumulador e recarregou o “telele” umas tantas vezes. O cara recebia tanto conteúdo!
Com as “novidades” que ia recebendo, acho que não sossegaria se definitivamente tivesse de ficar sem carga.
Pasme-se, nem o facto de estar ao lado de um estranho o inibiu de ver os mais “quentes” videos.
No meu canto, procurava manter os olhos fitos no manual de redação que escolhi como leitura de viagem. Lutava para que nem os “amontoados” buracos na estrada, herança da outra República e que faziam o maximbombo trepidar toda hora, retirasse o meu prazer de ler.
Com a influência das redes sociais, as vezes somos tentados a produzir textos medíocres, só para corresponder ao imediatismo principal característica delas. “Conversar” com o manual, sempre ajuda a não perder a essência jornalismo.
Voltemos ao “whatsporno”, ou melhor whatsapp do João, amigo circunstancial. Quando a noite “estragou” meu “apetite” de ler, o companheiro estava a tirar uma soneca, enquanto recarregava seu telele.
Quando acordou, tomei a iniciativa de questionar, com alguma ironia, se estava a gostar do whatsapp.
A resposta não podia ser outra, senão a que eu já esperava. Pelo menos serviu para iniciar uma conversa, que procurei manter divertida, com o uso de uma linguagem muito informal, mesmo que no fundo minha intenção era “ralhar” o “gajo” por tamanha falta de pudor.
Armado em “evangelista” queria me mostrar sua biblioteca de fotos de adolescentes e jovens nuas, até mesmo videos de algumas em atos não recomendados para as suas idades, sob pretexto de ver se reconheceria alguém.
Vontade não faltou, mas não podia. Eu tinha de mostrar ao jovem os efeitos nefastos de produzir e partilhar este tipo de conteúdo.
Expliquei-lhe que conheço gente que vive uma vida amargurada por erros cometidos no passado. Falei-lhe das prováveis consequências para a reputação das pessoas que produzem conteúdos indecentes. Questionei-lhe como será a vida dos filhos destes (as) desajuizados (as). O bulling que poderão sofrer seus descendentes, até mesmo ascendentes. Alertei, o que está na net dificilmente sai.
Por fim revelei ao João, que vontade de ter também uma biblioteca com conteúdos “quentes”, não me faltava, mas para preservar a minha saúde mental, optei por não ter. O amigo agradeceu a franqueza.
Atrevi-me a lhe dizer que se continuasse a ver e a conservar aqueles videos por mais seis meses, poderá se tornar um psicopata.
Na verdade, especialista nenhum me disse isso, eu queria demove-lo da ideia de ser bibliotecário das imundícies destes (as) adolescentes e jovens que não conheceram a “Maria das Dores”, que a muitos ajudou a endireitar.
Lembrei uma exortação do afamado Pastor Adventista, Alejandro Bullón “Deus perdoa, mas a vida cobra”. Sim, um dia os desajuizados terão de acertar contas com a vida. Disso, não escaparão.
Whatsapp e a "liberalização" da pornografia
Sem censura, você pode receber e enviar todo tipo de conteúdo a qualquer hora e em qualquer lugar, bastando ter acesso a internet. Talvez isso explique a popularidade do aplicativo, adorado por adolescentes, jovens e adultos, e que tem sido um bom “refúgio” para os que se escondem do “policiamento” de encarregados de educação, ou de seus parceiros.