Sabe-se que a Bíblia Sagrada, de que os cristãos consideram como seu livro de cabeceira, contém numerosas frases bonitas e exaltantes, que são fáceis de decorar, tal como um papagaio, mas difíceis de pôr em prática, como convém a um homem realista, que tem os pés assentes no chão, salvo raras excepções.
Dentre as centenas palavras da Bíblia bem bonitas, as de Jesus Cristo são, sem dúvida, as mais plagiadas por nós, embora ficamos muito aquém dos ditos do Divino Mestre, atendendo ao nosso carácter orgulhoso e egoísta, que nada tem de “manso e humilde” tanto no lar, na Igreja e na sociedade.
A meu ver, ser cristão de verdade, é muito mais do que ser um pregador eloquente, um irmão que ora aos gritos, um super-dizimista, etc.
O bom e verdadeiro cristão é aquele que vive na prática, o que diz em teoria. Ou melhor dizendo: “é aquele que sabe unir as palavras às acções”.
Curiosamente, há quem, sob a capa de cristão, fala da humildade, quando é arrogante; da caridade, quando é egoísta; da honestidade, quando é desonesto, cem por cento. Crítico ferrenho da corrupção, quando ele próprio é corrupto. Mau grado nosso, em pleno século XXI, continuamos a viver intensamente aquele provérbio egoísta, segundo o qual “Cada um puxa a brasa para a sua sardinha”.
Com efeito, os verdadeiros crentes ou adoradores são escolhidos a dedo por Deus, e só Ele sabe quem é quem. Temos fé que, cedo ou tarde, chegará o Dia do Juiz Final, em que o Senhor irá separar o joio do trigo, de acordo com as Sagradas Escrituras.
Daqui até lá, aprendamos a ser “manso e humildes” de verdade, tal como o Príncipe da Paz que nasceu, não num palacete, mas soube sê-lo, ao nascer numa simples manjedoura, no dia 25 de Dezembro, a que vamos celebrar dentro de dias.
Maluengui (Flash de Notícias)