Segundo arquitecto, templo deve ser demolido. (Foto: OPaís)

Segundo arquitecto, templo deve ser demolido. (Foto: OPaís)

IGREJA TOCOÍSTA EM BENGUELA DEVE SER DEMOLIDA E RECONSTRUÍDA, DEFENDE ARQUITECTO

No Domingo, o tecto da igreja Tocoísta, no município de Benguela, desabou. Por sorte, o facto sucedeu num período em que não decorria a missa, logo, não houve feridos, apenas danos materiais avultados.

Segundo arquitecto, templo deve ser demolido. (Foto: OPaís)
Segundo arquitecto, templo deve ser demolido. (Foto: OPaís)

De acordo com o arquitecto Felisberto Amado, a solução é partir a infra-estrutura completa e reconstruir.

Na base do desabamento do tecto da Igreja Tocoísta, sucedido na manhã de Domingo, 9 de Junho, estão atropelos técnicos, cometidos durante a sua construção, no município de Benguela, iniciada há 9 anos, em 2010.

A entrega da infra-estrutura é ainda mais recente, Novembro de 2014, ou seja, em menos de cinco anos de uso, o templo religioso ofertado pelo Governo Central, deverá ser deitado abaixo e reedificado.

O arquitecto Felisberto Amado declarou em entrevista à TV Zimbo que, a estrutura que deveria oferecer amparo ao tecto, foi mal calculada, sendo menor do que as dimensões recomendadas, de acordo às características do edifício.

Esse erro de cálculo, apontado como tido em função de interesses políticos, pois a igreja foi oferecida pelo Governo em campanha eleitoral, trará prejuízos elevados, porque devem ser demolidas as paredes e construir-se do zero.

A Igreja Tocoísta encontra-se junto ao Aeroporto 17 de Setembro, uma zona que tem várias construções com problemas visíveis, com fissuras nas paredes, do chão até ao tecto, por causa das características do terreno argiloso. No entanto, para o especialista em arquitectura, os obstáculos que a argila representa “só são problema quando a gente quer fazer obras à pressa”, porque, contornam-se com um trabalho com mais cuidado, atenção e precisão.

A seu ver, no cerne da questão também se podem enquadrar “empreiteiros com fraca capacidade técnica”, pois são necessários conhecimentos práticos mais específicos, para se esquivar às fraquezas do solo argiloso.

Quando isso falta, o resultado “é perigoso e arriscado, esse tipo de obras”, porque se tivesse o desabamento do tecto acontecido horas antes, cairia sobre os fiéis que assistiam à missa e haveria feridos graves.

Fonte: OPaís

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