Sílvia Rodrigues – Sob o lema A Igreja e a Consolidação da Paz em Angola, decorre desde ontem, 30 de Junho, no Centro de Conferências de Talatona em Luanda, a II Conferência do Fórum Cristão Angolano (FCA).
O Reverendo Luís Nguimbi, Presidente do FCA, que manifestou-se preocupado com o ambiente que se vive em Angola. Durante a sua dissertação sobre o tema “A Paz de Cristo na Igreja Angolana”, Nguimbi afirmou que quanto mais Angola cresce economicamente, “a fé vai diminuindo e a paz também.”
“A preocupação da Igreja em Angola não deve ser pelo crescimento económico apenas como se vê em muitas, mas sim, pela Evangelização, traçando programas que visem ganhar almas pra Cristo, promover a paz”, exortou o Reverendo para quem, “o défice que se regista nas igrejas neste campo, é o resultado da paz que se vive em Angola, deixando de parte o real significado de Shalon (Deus de paz, bem estar, prosperidade, física, espiritual) nunca ligado a hipocrisia.”
O Real nome da Paz que se vive em Angola, foi outro tema facilitado pelo Reverendo Kiazoa. Segundo ele, em Angola vive-se a paz do calar das armas e não a paz mental ou espiritual. “O índice de violência é muito alto, que muitas vezes deriva das desigualdades sociais”.
O Bispo Tocoista, Dom Afonso Nunes, facilitou o tema “Necessidade de uma cooperação sincera entre Líderes e Igrejas Angolanas.
Em entrevista ao Portal Arautos da Fé, o Reverendo Gabriel Vinte e Cinco, revelou que esta segunda edição da conferência, está a servir para balancear as actividades desde a primeira conferência e apelou a conjugação de esforços para a pacificação da sociedade. “Devemos trabalhar a mente das pessoas para banir a delinquência e outros males, que perigam a paz de todos, acreditando que só com Deus a paz será perpetuada.”
A Pastora Celeste de Brito, membro da organização do evento, disse que objectivo é manter a relação saudável entre as igrejas e o governo, que não seja imaginária, mas presente. “Angola como estado laico, deve respeitar o espaço da igreja e não interferir-se nos seus assuntos.”
“As diferenças doutrinais não fazem má relação entre os cristãos, desde que se paute pelo respeito aos outros, somos cristãos, um só corpo, que é a igreja de Cristo, e a nossa luta é contra o Satanismo e outros deuses, que não é o nosso.
Líderes de várias denominações religiosas, Deputados e representantes do Ministério da Cultura, presenciaram a abertura do certame que termina na quinta feira, 02 de Julho.