O facto foi revelado pelo rapper gospel Aristides, que está em Luanda em gozo de férias, durante a breve entrevista que concedeu ao portal Arautos da Fé, no Domingo 12 de Julho. Na conversa,o músico manifestou a sua inquietação pela fraca qualidade da música feita na província da Palanca Negra.
Arautos da Fé: O rapper já tem muito espaço na comunidade cristã?
Aristides: Muito espaço não, mas de um tempo para cá vem abrindo espaço. Nós como fazedores de música rapper gospel, estamos a lutar para que esteja cem por cento aberto, quer seja a nível nacional, como internacional.
AF: Como é que está o movimento gospel em Malange?
Aristides: Vai andando bem graças a Deus. Temos vários músicos a sairem, vários a virem buscar experiências cá em Luanda e noutras províncias. E assim como este intercâmbio entre províncias a música gospel tanto em Malange, como em Angola, vai desenvolvendo.
AF: O número de músicos gospel em Malange já é satisfatório?
Aristides: Ainda Não. Mas estamos a batalhar, cada dia que nasce tem um novo levita para honra e gloria do Senhor.
AF: Quanto a qualidade?
Aristides: Vou ser muito crítico, porque eu exijo qualidade. Precisa-se trabalhar muito. Isto deve-se aos espaços onde são gravadas as músicas, experiência dos produtores, experiência dos músicos em si. Tanto é que alguns músicos vem buscar experiência aqui (Luanda).
AF: Faltam produtores ou estúdios?
Aristides: Faltam produtores e estúdios. O único produtor que conheço, que produz música gospel é o Joaquim Burso, o jovem que trabalha comigo. Não tem mais ninguém. Os outros são produtores de música secular.
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