Filho de um guitarrista e de uma corista, deu os seus primeiros passos na música, fazendo kuduro. Quando se converteu, mudou o estilo e abraçou música gospel. Depois Conquistar a sua terra natal, Cabinda, agora, Steven Rogers, trabalha para fazer a sua voz ouvida em todo mundo.
Ao Arautos da Fé, contou que durante a sua estadia em Luanda encontrou “pessoas boas” e já projecta alguns trabalhos com algumas delas. O músico tem agendado para o dia 22 de Dezembro, em Cabinda, um concerto que denomina “Doçura Invisível” e promete uma apresentação” diferente daquilo que o povo está habituado”.
Ao Arautos da Fé, contou que durante a sua estadia em Luanda encontrou “pessoas boas” e já projecta alguns trabalhos com algumas delas. O músico tem agendado para o dia 22 de Dezembro, em Cabinda, um concerto que denomina “Doçura Invisível” e promete uma apresentação” diferente daquilo que o povo está habituado”.
Arautos da Fé: Como é que descobriu o seu talento para a música?
Steven Sogers: Primeiro, gostaria de dizer que a minha família, é uma família de músicos. O meu pai é guitarrista, a minha mãe é corista e os meus irmãos também cantam. Eu posso dizer, que nasceu comigo por influência da família.
Desde 2005 que comecei a me dedicar a música, sempre tive aquela visão e falei sempre aos meus pais que um dia terei de seguir a carreira musical. Na altura não pensava no gospel.
No ano 2005 comecei com o kuduro, ainda gravávamos em cassetes. Nos ensaios, pegávamos tampas de panelas, para substituir o bumbu, usávamos uma arca ou bidões. Assim fazíamos o instrumental e depois gravávamos nas cassetes. Só em 2008 entramos no estúdio.
Depois de conhecer a Palavra de Deus, em 2011, criamos uma banda musical que até hoje trabalha. Até agora faço parte dela, aí partilhamos conhecimento. Chamamos o técnico que nos deu aulas de canto e a paixão pela música foi crescendo ainda mais.
AF: Toda a sua trajectória foi feita em Cabinda?
SR: Sim.
AF: Quais são os seus objectivos dentro do gospel?
SR: Eu comecei a mudar a minha visão sobre o gospel. Antigamente se dizia que o gospel só se tocava nos óbitos (risos), nos lugares onde há tristeza. Não é isso. Eu tenho um objectivo a alcançar dentro do gospel. Primeiro, anunciar a Palavra de Deus para que chegue aos quatro cantos da terra. Segundo, é fazer a arte musical, porque a música é arte. O gospel não é um estilo musical, mas sim, é o Evangelho que entra dentro de um estilo. Quero ter mais conhecimento sobre a arte musical e introduzir a Palavra de Deus. Isso vai fazer com que, quando o estilo for bem feito, com qualidade, introduzindo a mensagem de Deus, as pessoas vão receber bem. E alcançar o mais alto nível. Eu tenho dito, tenho que chegar até ao último nível da música gospel. Em todo mundo, a minha voz deve chegar. Essa é uma das metas que eu tenho.
AF: É fácil fazer música gospel em Cabinda? Já tem público?
SR: Agora é fácil porque consegui conquistar um público e esse público é já é maduro. Isso torna o meu mercado em Cabinda, fácil. Sim, há sempre dificuldades, mas para aqueles que já atingiram um nível alto na música em cabinda, as dificuldades agora são mínimas. Talvez uns podem reclamar sobre apoio, felizmente parei de reclamar sobre apoios, luto afim de conquistas verbas para outros trabalhos. Agora a minha música toca nas duas rádios, o povo houve, mesmo estando aqui em Luanda, há momentos que ligam para mim: oh Steven, gostei bué daquela música…
Em Cabinda, consegui alcançar o meu sucesso. Quando refiro-me ao sucesso, não é que todo o povo de Cabinda já me conhece, não. Desde que haja 5 pessoas a ouvir, a estarem atentas para receber o meu trabalho, isso para mim, é sucesso.
AF: Em termos de metas, onde é que pretende chegar?
SR: Eu quero alcançar o mercado. Agora estou a lutar para alcançar o mercado nacional, porque provincial já consegui, participar em shows, festivais e depois alcançar o mercado internacional. Promover os meus trabalhos, fazer mais videoclipes, apostar no marketing, ali vamos alcançar certos objectivos.
AF: A sua estadia em Luanda está a dar para fazer novas parcerias, novas amizades para futuros trabalhos?
SR: Está a dar e isso está a cair como chuva. Você vê muitas coisas a caírem, coisas boas a caírem, você fica aí no meio a olhar, vou fazer isso ou aquilo. Me encontrei com pessoas boas, produtores bons, abertos para trabalharem comigo, só estamos a espera do tempo certo para avançarmos com o trabalho. Mas estou a gostar, está a ir bem graças a Deus.
AF: O Steven tem agendada uma actividade para Dezembro?
SR: Sim. Uma actividade para dia 22 de Dezembro, em Cabinda, estaremos lá para um concerto com o tema “Doçura Invisível”. Estaremos lá com convidados de Cabinda, farei uma apresentação diferente daquilo que o povo está habituado. A ideia é sempre inovar, levar novas coisas, inovar sempre a arte para o melhor crescimento da minha carreira.
AF: Depois da actividade regressa à Luanda ou continuará a fazer os trabalhos em Cabinda?
SR: Vou regressar e continuar a fazer os trabalhos em Luanda.
AF: Em termos de projectos, o que está a programar para o próximo ano?
SR: Neste ano ano, recebi uma proposta para um projecto de um produtor na Ndjeto Produções, ainda não acertamos bem, mas creio que até no próximo ano a gente começa a trabalhar para esse projecto, ainda não tenho uma informação avançada. E para este ano também, tenho um trabalho a fazer, começo a gravar com a irmã Cutana Carvalho. Vamos fazer uma música no estilo afro-beat. Farei a apresentação dessa música no concerto do dia 22. Outro projecto, vou trabalhar com o produtor Carlos, ainda estamos na fase de negociações. A ideia é gravar pouco e fazer mais promoção das músicas existentes. No próximo ano gravarei o videoclipe da música que gravarei com a Cutana.
AF: Com que cantores gostaria de gravar em Luanda?
SR: Essa pergunta é forte. (risos). Eu na realidade, sou do tipo que confia no que faz e avalio as pessoas depois me encontrar com elas. Não tenho uma lista de cantores que com quem pretendo fazer trabalhos, isso será consequências ao longo do meu trabalho.
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