Instituto do Câncer tem pacientes abandonados

A directora de enfermagem do Instituto Angolano de Controlo do Câncer (IACC), Esmeralda Nunda, manifestou, segunda-feira, em Luanda, preocupação pelo número de pacientes internados, sobretudo os provenientes de outras províncias, abandonados pelos familiares na unidade de saúde.

Sem avançar números, a directora disse que no momento existem  no IACC pacientes cujo tratamento já terminou, mas continuam no hospital por não terem familiares na capital do país, situação que tem dificultado o internamento de outros pacientes.

Esmeralda Nunda informou que anualmente cerca de mil novos casos da doença são registados no Instituto, sendo os cancros da mama, do colo do útero e da próstata os mais frequentes em adultos e os tumores de retinoblastoma (olho), rim, leucemias (da medula óssea) e linfomas são os mais frequentes em crianças.

Diariamente, avançou, o hospital atendia mais de 300 pacientes. “Porém, agora, os Serviços de Oncopediatria foram transferidos para o novo Hospital Geral de Cacuaco, o que reduziu, consideravelmente, o número de atendimentos”, disse.

O IACC, disse, nunca registou falta de medicamentos, nem de máquinas de quimioterapia e radioterapia. A reduzida capacidade de internamento, apontou, é a principal dificuldade. “Esta situação vai ser resolvida, no próximo ano, com a construção de um novo hospital oncológico”, referiu.

Esmeralda Nunda aconselhou as pessoas a realizarem, com regularidade, consultas de rotina para o diagnóstico precoce da doença e o tratamento atempado. “Quanto mais cedo se dar início ao tratamento da doença, os pacientes têm 99 por cento de chances de cura”, disse.

 Seminário

A Fio de Ouro, uma marca de produtos de cosmética natural, em parceria com a Liga Angolana Contra o Cancro (LACC) realizou, na semana finda, um seminário de maquiagem para mulheres em tratamento oncológico no Instituto Angolano de Controlo do Câncer, com o objectivo de contribuir para a promoção do bem-estar, da auto-estima e da qualidade de vida durante e após o tratamento.

A presidente da LAAC, Luzimira João, disse que a actividade teve, ainda, como objectivo ensinar rotinas de cuidados com a pele e técnicas de maquiagem.

 

Fonte: JA

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