Um total de 2.901 casos de malária foi diagnosticado, na semana passada, nas unidades sanitárias da capital do país. De acordo com os dados estatísticos, houve uma redução de menos 538 casos em relação ao período anterior.
Os dados apontam que o Hospital Geral dos Cajueiros registou 1.011 casos de malária, menos 295 em relação ao período anterior, enquanto o Municipal do Cazenga teve 535, menos 50, o de Cacuaco 517, menos 125, e o Geral Especializado do Kilamba Kiaxi 141, menos 93.
O médico clínico geral Carlos Barros disse que nesta época os casos de malária tendem a reduzir, enquanto as doenças respiratórias agudas aumentam. “Os mosquitos tendem a proliferar mais em épocas de chuvas, por isso, actualmente, o quadro não é preocupante”.
Cazenga
O Hospital Geral dos Cajueiros atendeu, na semana passada, 3.463 pacientes, dos quais 1.011 com malária, 373 com hipertensão, 213 com diarreia e 47 com doenças respiratórias agudas, de acordo com o director clínico da instituição. Tomás Fernando disse que a equipa médica da área de cirurgia atendeu, também, 120 pacientes vítimas de acidentes de viação.
Ainda no Cazenga, a área de Pediatria do Hospital Municipal diagnosticou, nesse período, 267 casos de malária, 30 de diarreia e 26 de broncopneumonia, disse, ontem, a directora-geral da unidade sanitária.
Maria Adelaide avançou que o hospital assistiu, no geral, 2.224 pacientes, sendo 1.425 nas consultas externas e 799 no banco de urgência. Na área dos adultos, realçou, foram diagnosticados 268 casos de malária, 21 de diarreia e 19 de broncopneumonia.
A área de cirurgia, continuou, observou 69 casos de ferimentos provocados por arma branca, 46 de agressão física, 18 de acidentes de viação, 15 de quedas, 14 de atropelamento, e, três de queimaduras.
Camama
A equipa médica do Hospital Geral de Luanda diagnosticou, na semana passada, 673 casos de malária, num total de 8.974 pacientes atendidos em toda a unidade hospitalar, avançou o director clínico, Magalhães Sobrinho.
“Os números reduziram consideravelmente, sendo que nas últimas semanas não atingem nem os mil casos em sete dias de atendimento”, disse, acrescentando que registaram, igualmente, 401 casos de doenças respiratórias agudas, 209 de hipertensão, 138 de diarreia e 36 por Acidente Vascular Cerebral.
O hospital, adiantou, assistiu na área de cirurgia 381 casos de quedas, 146 de acidentes de viação, 102 de agressão física, 76 de atropelamentos e 72 de ferimentos provocados por arma branca.
Maianga
O Hospital Josina Machel atendeu, na semana passada, 5.325 pacientes, sendo 2.094 nas consultas externas, 1.874 no banco de urgência de cirurgia e 1.357 no banco de urgência de medicina, de acordo com a directora clínica da instituição Verónica Lázaro.
Cacuaco
Um total de 4.055 pacientes foram atendidos, na semana passada, no Hospital Municipal de Cacuaco, dos quais 517 com malária, menos 125, em relação ao período anterior, de acordo com a directora-geral da unidade.
Anizeth Cutatela disse, igualmente, que os números tendem a reduzir. “A malária ainda continua a ser uma preocupação, por isso, todo o esforço para reduzir é satisfatório”, disse, acrescentando que assistiram, também, 54 casos de hipertensão, 47 de diarreia, 29 de doenças respiratórias agudas e 26 de tuberculose. A área de Ortopedia, referiu, assistiu 85 vítimas de acidentes de viação, enquanto a maternidade realizou 90 partos.
Kilamba Kiaxi
O serviço de pediatria do Hospital Geral Especializado do Kilamba Kiaxi assistiu, na semana passada, 920 crianças, nas consultas externas, 723, no banco de urgência, e destas 106 tiveram de ser internadas, de acordo com a directora clínica da instituição.
Rosa André disse que as principais patologias foram a diarreia (275 casos), as doenças respiratórias agudas (194) e a malária (141). O serviço de maternidade, avançou, atendeu 585 mulheres gestantes e realizou 167 partos, sendo 19 cesarianas.
Especialistas reiteram aposta na saúde preventiva junto das comunidades
Os especialistas em saúde pública continuam a reiterar a necessidade de uma acção urgente conjunta para a resposta global de combate à malária, que sejam mobilizados recursos e se capacite as comunidades, para que se responsabilize pela prevenção e tratamento.
O Banco de Urgência do Hospital Municipal de Talatona registou, no fim-de-semana, uma diminuição dos casos de malária, num total de 97, informou, ontem, a chefe da secção, Isabel dos Santos, tendo adiantando que tiveram, ainda, 40 pacientes com doenças respiratórias agudas, 21 com problemas gastrointestinais, 15 com diarreias agudas e seis com hipertensão arterial.
A chefe do Banco de Urgência defendeu a necessidade de intensificação de palestras nas comunidades e nas unidades sanitárias, a fim de se explicarem as formas de transmissão, assim como os cuidados e prevenção, por ser uma doença grave e não ter escolha a quem contaminar, dando a conhecer que dos 623 pacientes atendidos, 255 foram assistidos em clínica geral.
Neves Bendinha
Os casos recorrentes de queimaduras em crianças, registados nos últimos dias, no Banco de Urgência e Cirurgia, do Hospital Geral Especializado Neves Bendinha, continuam a deixar em alerta a equipa médica.
De acordo com o director pedagógico e científico da unidade sanitária, Mbunga Bondo, o hospital atendeu, no fim-de-semana, um total de 1.424 pacientes, destes, disse, 44 por queimaduras, dos quais 29 em crianças e 15 em adultos. “Destes sete tiveram de ser internados pela gravidade das lesões provocadas pelas queimaduras”. Em relação às causas, explicou que a maioria das queimaduras foram de acidentes domésticos, com 32 casos registados, dos quais 20 provocados por líquidos ferventes.
“Devemos redobrar a vigilância já que as queimaduras acontecem maioritariamente no meio familiar em particular nas cozinhas. Os novos casos têm sido de pessoas que procuram vandalizar os bens públicos, principalmente as cabinas eléctricas, e acabam electrocutadas”, adiantou.
Zango
A direcção clínica do Hospital Municipal do Zango 2 anunciou que a unidade sanitária socorreu 557 pacientes com malária, 53 com problemas respiratórios agudos, 52 com diarreias agudas, 23 com hipertensão arterial, 31 por acidente de viação e 20 por agressão física.
O director clínico da unidade sanitária, Sebastião Senga, informou que do total de pacientes atendidos 1.216 continuam sob observação médica no banco de Urgência. O hospital, referiu, atendeu 448 doentes em pediatria e 224 gestantes, das quais 50 tiveram os partos.
Sambizanga
O banco de urgência do Centro de Saúde do Sambizanga prestou assistência médica a 82 pacientes com problemas de nutrição, 45 com doenças respiratórias agudos, 26 com infecções urinária, 11 com diarreias agudas, nove com hipertensão arterial e 477 com malária informou, ontem, a directora clínica. Augusta Chandicua frisou que a unidade sanitária socorreu 173 crianças em pediatria.
Samba
O Centro de Saúde da Samba auxiliou, nas consultas externas, 85 pacientes com problemas de nutrição, assim como 82 em estomatologia, 66 em oftalmologia e 54 em psicologia, disse, ontem, a directora-geral da unidade sanitária.
Rosa Manuel avançou que quanto às patologias, a unidade sanitária registou 256 casos de malária, 82 de doenças diarreicas agudas, 76 de problemas respiratórios agudos e 18 de hipertensão arterial.
Mal-estarleva cidadão às urgências
Engripado há dois dias e com fortes dores de cabeça e em todo o corpo, Ngola Bento, de 46 anos, teve de ir até um posto de saúde na cidade de Luanda, para o devido diagnóstico. Residente no distrito urbano do Zango, em Viana, foi ao Posto de Saúde, durante o horário de trabalho, por causa da intensidade das dores.
“No mesmo dia, comprei um ibuprofeno na farmácia e comecei a medicar-me, mas a dor não passava e tive de vir ao Posto médico”, disse, acrescentando que o diagnóstico aponta para uma gripe causada pela variação de temperatura.
Até antes do diagnóstico, contou que pensava ter malária. “Tomei uma medicação a pensar, pelos sintomas, que tinha paludismo, mas agora vou fazer a medicação indicada e seguir os conselhos do médico e não voltar a me automedicar”, disse.
O médico clínico geral Carlos Barros acrescentou que o paciente já está estável e pode seguir a medicação em casa. “Nesta altura, é comum haver o registo de casos de doenças respiratórias agudas, por isso, devemos ter todo o cuidado e nos proteger”, aconselhou.
Fonte: JA
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