A Sandjuka Produções, realizou neste sábado, em Luanda, um espetáculo de dança que contou com a participação dos grupos Emanuel, Kairos, Miriam, As Pandeiristas, do músico Gonçalves Diogo e do grupo Discípulos.
No termino do evento, Rui Last Man responsável da produtora, considerou “positivo” o resultado obtido. “É positivo porque conseguimos reunir os grupos, o público maravilhoso apareceu em massa e nos consideramos satisfeitos.”
Esta é a primeira actividade de dança que a Sandjuka realiza, mas, Last Man garantiu que a produtora vai promover mais eventos para valorizar outras artes.
Em preparação, disse, está um workshop para refletir do papel da dança na evangelização. “Vamos discutir onde se enquadra a dança na evangelização, pode ou não pode porque, nós em Angola estamos a viver um fenômeno cultural muito explosivo e no que diz respeito a dança, as pessoas associam muito o que se faz fora com aquilo que se pode apresentar na igreja. Há o medo da obscenidade, da exposição do corpo, sobretudo o da mulher.”
Ainda neste mês de Junho, anunciou, a Sandjuka, está a trabalhar com a Igreja Exército da Salvação, para a realização de uma feira de música infantil e no mês de Julho, fará o lançamento do disco do grupo Alaridos.
Marinela Gombo, coordenadora do grupo de coreografia Emanuel, lembrou que o seu trabalho é evangelizar através da dança e afirmou que tem colhido frutos. “Pela graça de Deus o povo tem recebido a mensagem e tem demostrado e vivido o que recebe através da dança.”
A coordenadora, avançou que o grupo tem participado em varias actividades e se prepara para a realização de um evento de grande dimensão ainda este ano. “Estamos a orar e a trabalhar para que isso se realize.”
Alcino Eduardo, que assistiu pela primeira vez um espetáculo de dança, mostrou a sua satisfação com o que viu. “Já estive em outros concertos em que houve dança, mas cem porcento dança, foi o primeiro. Gostei porque deu para me alegrar.”
O promotor de eventos, observou a falta de ligação entre as mensagens de algumas música e algumas coreografias e, apelou à uma melhor seleção das músicas noutras ocasiões. “A dança vai ter que refletir a música. Para que a mensagem tenha mais impacto, é melhor escolher bem as músicas e músicas de expressão portuguesa para facilitar o público”.
O empresário, falou da existência de tabus no que a dança diz respeito. “Após estar aqui, consegui perceber que não fazem só por diversão, mas porque querem louvar a Deus de outra forma, assim como Miriam. Como promotor de eventos, vim para constatar e ver de que formas posso apoiar. Deu para tirar alguns detalhes, mas ainda digo que precisam trabalhar mais.”