A Sandjuka Produções, realizou na tarde de ontem, em Luanda, um show de hip hop gospel denominado “Gritos Socorro”.
O evento que teve lugar no auditório Manuel da Neves, contou com a presença de vários artistas que se destacam no rapp gospel.
Sazb, do grupo Apocalipse, disse em entrevista que concedeu ao portal Arautos da Fé, a margem do evento, que algumas pessoas “não aprovam” o facto de algumas mulheres cantarem o estilo rapp.
“Por exemplo, na congregação em que pertenço, há várias meninas. Quando me levantei, algumas acharam estranho, mas depois viram que é uma coisa muito fixe, não tem nenhum problema em uma mulher fazer rapp.”
A rapper, revelou que enfrentou discriminação, mas encontrou acolhimento por parte dos líderes da sua Igreja. “Algumas pessoas não aprovam isso. Graças a Deus os meus líderes aprovam isso e vejo que hoje em dia, muitas muitas mulheres já saíram deste preconceito. Quando se fala de uma actividade de hip hop gospel ficam interessadas.
Sazb, disse usa a arte como veículo para disseminar o Evangelho de Cristo. “A Palavra de Deus nos ensina «ide ao mundo pregai o Evangelho a toda criatura». Ele não definiu se é homem ou mulher, apenas disse ide. Eu faço rapper como forma de expandir o Evangelho por intermédio da música, visto que Deus disse ide.
Não importa de qual forma seja, mas que o Evangelho deve ser pregado. Defendeu a cantora.
O Apóstolo Denis Timane, de Moçambique, felicitou a iniciativa da Sandjuka e disse que todos os dons vêem de Deus, os homens podem usa-los para servi-lO ou não.
“É de louvar a Deus esta iniciativa, esta arte que as pessoas têm e estão a usar para anunciar a Palavra de Deus, anunciar o Reino de Deus. Isso é uma grande bênção.”
Quanto aos estilos musicais ideais para o gospel, afirmou que variam de lugar para lugar, mas que todos podem ser usados para glorificar a Deus.
“Se irmos a Jamaica, vamos encontrar que o ritmo deles é o reggae. Se nós procuramos em Angola qual é o ritmo que foi inventado, especialmente pelos angolanos, vamos encontrar que também temos o kuduro. Se vocês vão a Moçambique, vão encontrar a marrabenta. Se vamos para os Estados Unidos, vamos encontrar hip hop.
Aos artistas, alertou que não basta trabalhar para ter boa voz e talento, porque isso corresponde a 25% da carreira, sendo que os restantes 75%, se traduzem na imagem e no investimento. “É o que os músicos evangélicos não fazem”.
Eles, disse, só investem na voz que é nós 25% e deixam 75%. “É preciso investir nos 75% que é a imagem, filmagem, promoção da música, ir para as televisões. Não devemos aceitar os conceitos de que as televisões não aceitam. Nós devemos fazer eles aceitarem porque nós também aceitamos o kuduro que eles metem lá, aceitamos as jovens que vão lá dançar sem roupa.”
Artigos relacionados
-
Inspecção Geral da Saúde encerra Clínica Santa Marta
-
Anglicanos lançam alerta contra o abuso de menores
-
Ação policial deve ser considerada devido às falhas da Igreja da Inglaterra (CofE) em casos de abuso infantil, diz revisor.
-
A Igreja como coluna e baluarte da verdade
-
Igreja defende a criação de fazendas comunitárias