Grande cantor, bom compositor, grande produtor, músico que estabelece ponte entre a antiga e nova geração, humilde, de trato fácil, amigo, estão entre as formas como Dodó Miranda foi identificado por familiares, amigos e admiradores, que acorreram, ontem ao Cine Atlântico, em Luanda, para ver e ouvir o músico que durante aproximadamente 4 horas, “tomou” aquele lugar, para celebrar 31 anos da sua carreira.
O coral A Graça, MB Genius, Trio Ludi, Carine Mpoli e Miranda partilharam o palco e cantaram com Dodó Miranda, que fez no evento uma viagem por um vasto repertório, que inclui músicas que já são um património colectivo.
O evento marcado pelo cruzamento de diferentes gerações de artistas evangélicos num mesmo palco, teve também a participação do grupo Inspirados por Deus, grupo Goshen, Inês Cassoma e Márcia Miranda, filha do anfitrião.
No final do evento, Dodó Miranda “transpirava” alegria e não parava de agradecer a Deus. “Estou bastante satisfeito, que Deus seja louvado.”
Confidenciou a reportagem do portal Arautos da Fé que vivenciou um momento ímpar e em nome da sua equipa agradeceu o carinho do público, felicitou a Rádio Kairós e a produtora Monumental Gospel pela organização.
“Sei que de uma forma ou de outra, o público recebeu este carinho do nosso lado, este sacrifício, digo sacrifício porque levamos um tempão para montarmos o show, temos um repertório vasto e tínhamos que seleccionar (as músicas), mas graças a Deus correu bem, acredito e dou graças a Deus pelo facto de estar até hoje na sua Ceará e a fazer até hoje, acredito, a sua vontade, que é a base do chamado que Ele me deu.”
Garantiu que o público pode continuar a esperar por um Dodó Miranda com um espírito inovador “um espírito que não tem limites na forma de adorar Deus.”
O pessoal, disse, pode constatar que houve (no Cine Atlântico) de tudo um pouco. “Houve rap, hip hop, reggae, de tudo um pouco, porque a nossa juventude vive isso. Não tem como adorar a Deus fora daquilo que é o seu dia-a-dia.”
Dodó Miranda um músico maduro
Euclides Bumba, foi um dos companheiro de Dodó no grupo MB Genius, expressou a emoção que viveu, quase 20 anos depois de ter deixado os palcos. “Foi uma grande emoção, já faz tempo que nunca mais cantamos juntos como MB Genius.
Contou ao portal Arautos da Fé, que apesar do longo tempo de ausência nos palcos, a preparação do evento foi mais fácil do que o previsto. “Tivemos aquele ambiente de irmandade, aquele bom ambiente de amigos que sempre fomos e isso facilitou-nos muito. Cada um já conhecia mais ou menos qual é o tom do outro, então foi muito fácil, mas do que nós pensávamos. Nós pensávamos que ficaríamos talvez 2 meses ou 3 meses a ensaiar, mas só foi um dia, logo pela manhã e conseguimos apanhar tudo.”
Engenheiro informático e hoje mais dedicado à esta área, Euclides disse que Dodó Miranda “cresceu muito” e a sua forma de cantar expressa a sua maturidade.
Cantora que começa a se destacar dentro da nova geração de músicos evangélicos, Inês Cassoma, manifestou a sua felicidade por ser uma das escolhidas para cantar na celebração dos 31 anos de carreira de uma das principais referências da música evangélica angolana. “Vejo nele um espelho, uma força, um incentivo principalmente para a nova geração”.
Apontando para as dificuldades que acompanham uma carreia a solo e ver como Dodó Miranda as supera, faz com que os mais novos músicos acreditem na possibilidade de vencerem. Disse Inês Cassoma.
Um pai que é referência
Márcia Miranda, 15 anos de idade, é a terceira de 5 cinco filhos, do casal Dodó e Emília Miranda, dois antigos companheiros no coral Embaixadores de Cristo.
Quando nasceu, já o pai assumia uma carreira a solo. Cresceu a ouvi-lo e hoje tem-no como referência.
Foi uma das convidadas para a celebração. Em dueto com Inês Cassoma, interpretaram a música “Por ti eu tenho”, da autoria do seu pai.
“É uma grande alegria estar aqui hoje, eu sempre admirei o meu pai, ele sempre vai ser uma das referências mais importantes na minha vida e também, estar aqui hoje é de agradecer a Deus.” Disse.
Há 4 anos na música, contou que desde cedo gostava de cantar e a influência e orientação do pai, reforçou a sua paixão pela música. “Sempre gostei de louvar a Deus, estar na presença do Senhor, mas o papá foi puxando, foi me dando alguns berros: Márcia assim não dá, tem de ser assim, e lá fui aprendendo o que é música e hoje estou aqui.”
A adolescente, sonha com uma carreira de sucesso como a do pai. “O meu pai já vem a cantar desde pequeno e tem um dom, tem uma chamado de Deus e eu o admiro muito. Um dia, gostaria de ser como ele.”
Um esposo amigo
“É um dia muito feliz, primeiro vou agradecer ao meu Deus, a toda produção, a todos que participaram para que este evento se tornasse realidade. É um dia especial, a emoção é tanta, já dancei, gritei porque estava a espera deste dia. Sempre pedi a Deus que este dia chegasse e o dia chegou.” Disse, emocionada, Emília Miranda, esposa de Dodó Miranda, à reportagem do portal Arautos da Fé.
A antiga corista do coral Embaixadores de Cristo, revelou que o esposo é uma “grande” influência em casa, “amigo dos filhos, amigo da esposa” e a família é “abençoada”.
Sobre a interferência do trabalho nas questões familiares, explicou que entende o trabalho do esposo, embora algumas às vezes, deseja estar com ele, “quando há um problema familiar.”
Admira o Dodó Miranda artista e gosta de lhe ver em palco cantando. Gosta de quase todo o seu repertório que inclui músicas como “Deus não te esqueceu” e “kuzulo kuadisse”.
Ao esposo, pediu que continue a ser o que é. “Um grande esposo, amigo, pai, conselheiro, que continue a ser humilde e continue firme nos pés de Cristo. Que continue com a sua carreira, pode demorar como a Bíblia diz, tudo tem o seu tempo, eu acho que agora chegou o tempo dele.”
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