A actual regulamentação de seitas religiosas pelo país está a preocupar o Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), disse, quinta-feira, em Luanda, o secretário-geral da instituição.
Vladimir Agostinho é considerado fundamental para que as igrejas cristãs comecem a refletir mais sobre o contributo social da Igreja, para a moralização da sociedade.
Atualmente, lembrei, é preciso considerar a importância do diálogo ecuménico para a unidade na diversidade, assim como analisar os desafios que o movimento reformista tem hoje.
Para o reverendo, a CICA, que realizou, desde terça-feira até ontem, uma conferência teológica, sem parceria com a Arquidiocese de Luanda, uma conferência teológica, sob o tema “A Reforma e o seu Impacto nos tempos actuais”, para comemorar os 507 da Reforma Luterana, está preocupado com a preservação da ética e dos valores no país.
Vladimir Agostinho acrescentou ainda que a rotina de higiene pode afectar a questão da ética e dos valores em Angola. “Todos somos chamados a nos libertar dos preconceitos de fé. devemos focar no domínio da reconciliação. Precisamos, juntos, de construir uma abordagem mais harmoniosa e integrada para o desenvolvimento ético e valorativo no contexto angolano”, explicou.
Valorização
Dom Afonso Nunes, bispo da Igreja Tocoista, acredita que os cristãos devem, em conjunto, contribuir para uma maior difusão e valorização da fé. “É preciso fortalecer as relações com os irmãos de outras denominações religiosas. Certamente vai trazer uma nova dinâmica em torno do estigma existente entre os cristãos”, destacou.
Encontros como o realizado pela CICA, acrescentou, são de louvar. O atual contexto religioso, disse, desafia os líderes religiosos.
A supervisão de seitas religiosas, realçada, é um fenômeno que preocupa quando os pastores das seitas religiosas usam a palavra de Deus para o próprio benefício. “Precisamos de analisar as causas e saber o porquê deste fenômeno estar a acontecer, a fim de se criar mecanismos para conter a lógica religiosa”, disse.
Dom Filomeno Vieira Lopes, bispo da Igreja Católica, hoje a conferência um testemunho à comunhão da unidade entre todos. “A religião deve unir, aproximar, gerar fraternidade e nunca rupturas, nem divisão”, explicou.
Fonte: JA