A importância de uma maior divulgação e preservação da identidade Lunda-Cokwe entre os jovens é o tema da primeira palestra, “Uma Mensagem aos Jovens”, a ser proferida, sexta-feira, às 10h30, no auditório do Clube Desportivo de Saurimo, na Lunda-Sul, inserida na segunda edição do Festival de Música e Dança Regional Leste denominado Ngeya.
O arcebispo da Arquidiocese de Saurimo, Dom José Manuel Imbamba, destacou, ontem, em Saurimo, a importância de uma maior divulgação e preservação da identidade Lunda-Cokwe como um factor de união e harmonização.
Durante a dissertação sobre”Uma Mensagem aos Jovens”, realizada no auditório do Clube Desportivo de Saurimo, na Lunda-Sul, inserida na segunda edição do Festival de Música e Dança Regional Leste denominado Ngeya, o arcebispo disse que falar da preservação da cultura não se pode fazer sem antes ter conhecimento do que é a própria cultura. “Como sabemos, nós, homens, além da natureza que nos é dotada, temos também a cultura que nos molda, faz ser o que somos e que nos identifica como um povo”, afirmou.
A cultura, explicou, existe para humanizar o homem, por ser “o único animal que precisa aprender a ser homem e projectar-se para poder realizar aquilo que pretende fazer, enquanto ser racional, estético, artístico, simbólico, que eticamente se empenhe para poder construir o seu mundo humano.”
A cultura, na visão de Dom José Manuel Imbamba, surge como um factor de harmonização de todos os pontos anti-éticos dos homens. “No meio destes pontos extremos está a cultura para criar esta harmonia e nos ajude, verdadeiramente, a estruturar o nosso existir e assim podermos ter um modo específico de ser homens, bem como construir a comunhão, unidade, intersubjectividade e o carácter social.”
A cultura, continuou, tem dois aspectos que se devem sempre ter em conta. O pedagógico -subjectivo e o objectivo- científico, ambos que se complementam para ajudar a perceber “o esforço que todos fazem para que, a partir da cultura, consigamos superar tudo aquilo que nos pode limitar culturalmente”.
Porém, segundo o arcebispo, a cultura caracteriza-se pelo lado objectivo, que tem a ver, sobretudo, com o carácter social. “O homem não se realiza sozinho, é um ser social, por isso absorve um sistema de vida própria”, observou.
Dom José Manuel Imbamba explicou que onde se encontram símbolos, encontram-se costumes, crenças e modelos de comportamento, hábitos, usos, a moral, a arte, o direito e toda e qualquer forma de conhecimento adquirido pelo homem enquanto membro de uma sociedade.
Fonte: JA
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