OMA entrega 80 toneladas de bens ao Hospital de Viana

Um total de 80 toneladas de bens gastáveis diversos foi entregue, sábado, em Luanda, pela Organização da Mulher Angolana (OMA) ao Hospital Geral de Viana “Bispo Emílio de Carvalho”.

Entre os bens, constam fraldas, máscaras, álcool em gel, kits de teste de Covid, papel higiénico, toalhas de mão e papel de uso médico.

Na ocasião, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, que fez a entrega dos bens, disse ser um acto de solidariedade que visa, essencialmente, ajudar o hospital nas necessidades com meios gastáveis, assim como os utentes que recebem assistência médica na instituição.

Joana Tomás acrescentou que o braço feminino do MPLA não está alheio às necessidades do hospital, pelo que vai continuar a doar bens diversos.

A secretária-geral da OMA, que liderou a delegação presente no hospital, acrescentou que teve a oportunidade de entrar em contacto com o corpo clínico, que considerou um grupo “motivado, dedicado e com vontade de prestar serviços à comunidade”.

Para a OMA, o acto não representa algo de novo, uma vez que, no âmbito do seu programa de solidariedade social, o MPLA tem feito este tipo de acção filantrópica com vários hospitais do país.

“Estamos sempre presentes, quando somos chamados a prestar a nossa solidariedade e fazer a advocacia junto das instituições”, frisou.

Sobre a questão da fístula, Joana Tomás salientou que representa uma preocupação por parte das mulheres após o parto, que, normalmente, acontece em casa.

“É um problema que acontece com as mulheres após o parto. Muitas vezes, esses partos que ocorrem em casa, não correm de forma planificada, pelo que a mulher acaba por ter este problema na fístula, que não consegue conter a urina”, sublinhou.

Direcção aplaude iniciativa

O director do Hospital Geral de Viana, Mário Fernandes, aplaudiu a iniciativa da OMA, destacando ser um acto que vai permitir acudir, em termos de materiais gastáveis, a grande demanda de utentes da instituição hospitalar.

“A OMA trouxe-nos este gesto solidário porque a demanda é muito grande e temos uma população, muitas vezes, com algumas carências”, explicou. Mário Fernandes fez saber, ainda, que o hospital recebe, diariamente, mais de 800 pessoas com patologias diversas.

“A demanda, sobretudo na área materno-infantil, é muito grande. Temos feito um esforço com as equipas médicas para dar resposta a estas solicitações, mas temos noção de que temos que responder a uma demanda da nossa população do Zango e Viana”, explicou.

O responsável avançou, ainda, que, em relação às patologias que o hospital regista, a malária domina o número de ocorrências.

“A malária é uma patologia que, por razões epidemiológicas, domina, mas também temos aqui muitas patologias associadas ao trauma, bem como a questão da doença cardiovascular, nomeadamente os acidentes vasculares cerebrais”, esclareceu.

Fonte: JA