O Pastor Sadrack Manuel, mostrou o seu desacordo pela forma como o Executivo de João Lourenço está a lidar com o “problema” das Igrejas.
O religioso que participou na manhã deste Domingo, no programa radiofónico Tempo Santo, da Rádio UNIA, defendeu que o Executivo “precisava dialogar em vez de tomar atitudes totalitárias que respiram um pouco do comunismo, a que o partido que governa ainda está submetido.”
O dialogo, observou o religioso, não deve ser feito só com pessoas que concordam.
“Eu penso que eles já dialogaram com líderes cristãos evangélicos, mas que, são líderes que concordam. Líderes com os quais têm já um conluio e não conversaram com a massa toda da bancada, vou chamar assim, evangélica.”
Segundo o Pastor, se a Igreja “tentar refutar” a decisão tomada, “vai ficar feio para o governo e para a imagem que eles estão a tentar construir de um país democrático e de direito, onde se respeita as variadas e multiformes facetas”.
Manuel Sadrack, sublinhou que as Igrejas só, têm capacidade para resolver o que o Executivo alega ser problema.
O problema, referiu, é que não se concede oportunidade para que as elas resolvam. “Não se concede as pessoas certas, oportunidade de resolver,” afirmou e recordou que “o governo sempre fez isso com a Igreja, criou uma elite que concorda com ele. São pessoas que não manifestam, não representam toda massa evangélica.” Destacou.
Para o religioso, se o Executivo, concedesse a Igreja oportunidade de resolver os alegados problemas, “com uma profunda independência”, resolveria.
Na outra era, lembrou, diziam exatamente como a Igreja devia resolver. “Criem plataformas e resolvam isso, criem grupos, se juntem e façam isso. As direções sempre vieram do governo.”
Referindo-se a proibição da realização de cultos em quintais, disse que o Executivo, “não pode exigir” que a Igreja “repentinamente” esteja organizada em termos estruturais.
“Não pode ter mais Igreja no quintal, quando ainda existe esquadras em contentores. Precisamos crescer todos juntos e haver fiscalização. Tratar um Pastor como um cidadão. Cometeu um crime, responsabilizem o Pastor sem necessariamente afetar a Igreja. Penso que a Igreja tem sim idoneidade para resolver seus casos, desde que não haja manipulação do nosso governo.”
Sadrack, anunciou durante a entrevista, que está prevista para segunda feira 8, a partir das 9 horas, uma reunião no prédio do CIF, na Mutamba, aberta a líderes evangélicos, pastores, evangelista, com vista a recolher contribuições que ajudem a resolver o diferendo que opõem agora as Igrejas e o Executivo angolano.