O músico Victor António, “marca a diferença” nos nossos dias, por fazer uma “trabalho com base na Palavra”, afirmou ontem, o poeta António de Jesus Ancoje, em entrevista que concedeu ao portal Arautos da Fé.
“Marca a diferença e não fala atoa. Não tem bazofias, não tem curvas. Ele evangeliza.”
Ancoje, que falou a margem do concerto de Victor António no PraiseArt, em Luanda, classificou de “medíocres”, a maior parte das músicas evangélicas e lamentou que os músicos não têm observado Josué 1:8, que diz “não se aparte da sua boca o livro desta lei, antes medite nela para que tenhas o cuidado de fazer segundo a tudo nela quanto está escrito”.
“O sucesso vem daí”. Sublinhou.
Assumido crítico das artes “no evangelho”, o poeta da idade madura, como também é chamado, denunciou o “desrespeito” ao público evangélico que se verifica em alguns evento. “Pessoas com quatro músicas querem encher o Atlântico. Metem dez convidados, se cada convidado cantar duas músicas, ele só tem quatro, a gente paga bilhete para ir ver vinte músicas dos convidados e quatro do homem do cartaz. Deixemos de brincadeira.” Exortou.
Sobre as razões da realização de muitos eventos, apontou a comercial, como a que mais se destaca. Chamou atenção para o cumprimento dos horários e pediu aos responsáveis dos eventos para não “brincarem com a fidelidade” do público.
“Principalmente no horário tem havido tamanha falta de respeito. Temos que saber que o cristão não é um homem da noite. A educação cristã nos leva a chegarmos cedo em casa, dado até o perigo que nós corremos, há bairros em que você não pode entrar depois das 19 horas.”
Por isso, apelou, os eventos gospel, no mínimo têm de começar as 14 horas para terminar antes do sol se pôr. “Antes do sol se pôr, o menino, a menina, o casal, o jovem e a jovem tem de estar já em casa. São os princípios da boa educação.”
O concerto
Descalço e vestido de túnica branca, subiu ao palco do PraiseArt, pouco depois da 19 horas, para apresentar temas inéditos e outros já conhecidos do público.
Ladeado pelas coristas Maria Chicato, Antónia Panguila e Lúcia Gonde, contou ainda com o suporte dos pianistas Elias da Vincy, Moisés Gonga e do guitarrista Plinio Santos.
Bem a seu jeito, aproveitou a ocasião para proferir palavras de exortação a plateia.
Todos querem ser abençoados mas ninguém quer servir o Deus que abençoa. Disse, o cantor que exortou os presentes a não correrem atrás de bens materiais, pois que “o bem maior, ganhamos quando Cristo morreu na cruz do calvário”.
“Não corra atrás dos bens materiais porque os ímpios é que vão acorrer atrás dessas coisas. Busque o Reino, faça as coisas do Reino e o pão, as vestimentas, tudo chegará na sua mesa, porque Deus é fiel nas suas palavra, Deus nunca mentiu e nunca mentirá.”
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