Líderes religiosos do mundo reuniram-se no Congresso das Religiões
A capital do Cazaquistão, Nursultan, voltou a ser palco do Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais. O Papa Francisco marcou presença, assim como altos representantes de várias religiões. Um encontro para a promoção da paz no mundo.
O cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, disse à Euronews: “É absolutamente necessário termos um diálogo sobre os desafios deste mundo e termos uma declaração comum muito forte para a paz e a justiça também neste mundo.
O presidente do Congresso Judeu Euro-Asiático afirmou: “A chave para a paz hoje neste mundo instável é envolvermo-nos, falarmos, estarmos juntos, tentarmos compreender-nos, conhecer-nos pessoalmente. É isso que pode aproximar as pessoas”.
O congresso deste ano, a sétima edição, contou com delegações de 50 países de diferentes religiões e mais de 100 delegados.
“No primeiro Congresso havia apenas 17 delegações; agora temos mais de uma centena de delegações, e isto mostra que há um interesse no mundo e que há um apoio dos líderes espirituais”, diz Bulat Sarsenbayev, do Centro de Desenvolvimento do Diálogo entre Religiões e Civilizações.
Para Azza Karam, secretária-geral das Religiões para a Paz, “O mais importante que se está a conseguir aqui é normalizar a conversa entre as diferentes religiões através dos seus líderes religiosos, é fazer com que seja comum e importante que os líderes religiosos se reúnam, o que é muito raro, não o vemos com muita frequência, mas que normaliza essencialmente o espaço de convívio entre as diferentes religiões, e no nosso tempo e no nosso mundo, isto é muito importante.
A repórter da Euronews, Galina Polonskaya, que acompanhou os trabalhos do congresso, no Cazaquistão, refere: “Muitos desafios globais foram abordados neste congresso e a pandemia foi um deles. Alguns dos participantes afirmaram que a pandemia demonstrou o quanto os seres humanos estão ligados, sublinhando que isto é algo que muitos pareciam esquecer”.