Igreja Católica angolana vai realizar nove dias de oração pela estabilidade das eleições gerais
A Igreja Católica angolana vai realizar uma “novena”, nove dias de oração, para a paz e estabilidade das eleições gerais de 24 de agosto próximo no país, anunciou hoje a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
“Na parte da tarde (de quinta-feira) estivemos a tratar da novena para as próximas eleições e também do papel da igreja nas próximas eleições gerais em Angola”, afirmou o porta-voz da CEAST, Belmiro Chissengueti, no balanço do primeiro dia da segunda Assembleia Plenária dos bispos angolanos.
Segundo o prelado católico, nos anos anteriores foram realizadas orações pelas eleições a nível das paróquias: “E desta vez decidimos introduzir este elemento de oração (a novena)”.
“É nossa missão, afinal somos crentes e aquilo que nos identifica é justamente a oração, para que o Senhor guie os nossos passos no caminho da paz, afinal é feliz a nação cujo Deus é o Senhor”, justificou o porta-voz e também bispo de Cabinda.
A segunda Assembleia Plenária da conferência episcopal angolana cumpre hoje o segundo dia de trabalhos e decorre até 21 deste mês.
Na abertura do conclave, os bispos católicos exortaram os políticos a fazerem discursos que “elevem o patriotismo e a cidadania”, reiterando a necessidade da “tolerância” e de “evitarem discursos insultuosos e incendiários, que tendem à banalização”, em ambiente eleitoral.
Segundo o presidente da CEAST, José Manuel Imbamba, é preciso primar “principalmente os políticos, por discursos que despertem a nobreza do patriotismo, da cidadania, da harmonia e amizade social que garantam no povo acreditar num futuro melhor”.
O arcebispo recordou que Angola vai a eleições em 24 de agosto próximo, considerando que o país “será chamado mais uma vez a viver um dos mais significativos acontecimentos da sua história”, desejando que o processo decorra “com grande alegria e exemplar convívio social”.
Para as quintas eleições gerais da história política do país, convocadas para 24 de agosto, o Tribunal Constitucional angolano aprovou oito candidaturas.
Pelo menos 14,3 milhões de eleitores, sendo 22 mil no exterior, estão aptos para exercer o seu direito de voto nas eleições angolanas, que elege o cabeça de lista da candidatura mais votada como Presidente da República.
Fonte: Lusa