Hospital realiza cinco cesarianas diariamente

O Hospital Provincial do Bengo realiza diariamente entre cinco e seis cesarianas e por semana quatro intervenções cirúrgicas ao mioma, registando uma elevada procura por parte de pacientes de Luanda, Zaire e Uíge, revelou ao Jornal de Angola o médico de ginecologia e obstetrícia da referida unidade.

Moisés Martins disse que os pacientes optam pelas unidades sanitárias no Bengo por força da celeridade, eficiência e humanização no atendimento.  “Muito desses pacientes acorrem aos nossos hospitais porque prestamos um atendimento célere e humanizado. Portanto, não dificultámos a vida dos utentes. Por isso, as pessoas procuram todos os dias pelos nossos serviços”, afirmou o médico, referindo, porém, que a maioria dos pacientes vem de Luanda, Uíge e Zaire.

Durante uma reportagem efectuada ontem a várias unidades hospitalares da província, constatou-se que recebem, diariamente, um número variável de pacientes, sobretudo de Luanda, Zaire e Uíge, devido ao atendimento rápido e eficiente a todos os utentes que necessitam de cuidados urgentes de saúde. “Não há nenhum dia que não atendemos doentes provenientes de outros pontos do país. Refiro-me ao Uíge, Luanda e Zaire. Eles alegam que encontram dificuldades no atendimento nas áreas de origem, ou seja, têm de aguardar cinco a seis meses por uma consulta de especialidade. Por isso, os pacientes procuram pelos nossos serviços. Com as intervenções cirúrgicas feitas, estamos a ajudar a Maternidade Lucrécia Paim a reduzir alguns constrangimentos”, esclareceu o médico.

O especialista em ginecologia e obstetrícia sublinhou, ainda, que já perdeu a conta de pacientes operadas ao mioma e cesariana de diferentes pontos do país.

“Agora não me recordo, mas foram muitas as cirurgias feitas, desde que cá cheguei. Temos recebido pacientes de vários pontos de Angola, inclusive tivemos casos de cidadãs que procuraram por  serviços de saúde na Namíbia e Congo Democrático, mas não conseguiram e acabaram por ser operadas aqui. Muitos optam pelo Bengo para não terem de esperar meses por uma consulta de especialidade. Em Luanda, devido ao caos nos hospitais. Os utentes recorrem à nossa província”, disse. Salientou, no entanto, que não se podem comparar, em termos de meios técnicos,  com Luanda. “Temos de reconhecer isso, mas as dificuldades que encontram no atendimento na capital do país, por conta do grande número de habitantes, faz com essas pessoas recorram ao Bengo, que tem muito pouca população”, disse.

Depoimento dos utentes

Em conversa com o “JA”, Francisco Adão, natural de Luanda, disse que recorre à província do Bengo sempre que se encontra incomodado.”Há dias passei mal à noite e no dia seguinte desloquei-me à cidade de Caxito para fazer o tratamento. Em Luanda, temos dificuldades no atendimento, porque há muita gente”, admitiu.

Ana Dongabi elogiou o tratamento que tem recebido sempre que recorre ao Hospital Provincial do Bengo. “Não tenho razões de queixas. Em Luanda, fiquei na lista de espera a aguardar por uma cirurgia ao mioma. E a situação agravava-se. Recorri ao Bengo e o problema foi resolvido”, disse.

 

Fonte: JA

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