Três mil e 200 famílias vulneráveis das províncias do Bié, Malanje e de Luanda vão receber 86 mil kwanzas, cada, na segunda fase do projecto de apoio financeiro da Cruz Vermelha de Angola.
As famílias que integram o grupo de vítimas das últimas chuvas registadas no final de 2023 são oriundas das comunas da Chicala, Trumba e Cunje, no município do Cuito, na província do Bié, Malanje Sede e Cangandala, em Malanje, e das comunas de Cabiri e Cassoneca, no Icolo e Bengo, em Luanda.
O secretário-geral da Cruz Vermelha de Angola (CVA) disse, ontem, ao Jornal de Angola que a entrega das somas monetárias é parte dos projectos socais de assistência às famílias afectadas pelas chuvas e cheias provocadas pelo fenómeno El Niño.
Gilberto Major revelou que o valor entregue às famílias faz parte de um lote de mais de 300 milhões de kwanzas que a organização recebeu de parceiros, com o apoio da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
De acordo com Gilberto Major, nesta fase, o maior número de famílias beneficiadas é da província do Bié, onde foram cadastradas mais de 50 mil.
O projecto, referiu, é de âmbito nacional e nas próximas fases vão ser incluídas famílias de outras províncias. “O objectivo é dar respostas eficazes ao impacto negativo e prejuízos causados pelas chuvas, ajudando a mitigar as dificuldades e carências do maior número de famílias cadastradas possível”.
Acções recentes
Para dar resposta aos propósitos da CVA, a presidente da organização efectuou, no fim-de-semana, no Bié, a entrega de 86 mil kwanzas a mais de seis mil famílias residentes nas comunas da Chicala, Trumba e Cunje, no município do Cuito.
Antes da deslocação da presidente ao Bié, uma equipa da CVA, liderada pelo secretário-geral, Gilberto Major, prestou, na zona do Dungo, comuna de Cabiri, no município de Icolo e Bengo, em Luanda, assistência a 180 famílias que perderam as residências e meios de subsistência.
Assistência
O projecto de assistência a famílias que perderam as residências devido às chuvas foi lançado em Fevereiro deste ano, na província de Malanje.
Além da entrega de valores monetários, o projecto prevê a assistência às famílias, em matérias de sensibilização comunitária sobre a promoção do saneamento, higiene e gestão da água, medidas de prevenção contra doenças vectoriais, incentivo à construção de estruturas seguras e responsáveis, engajamento comunitário e prestação de contas às comunidades, assim como protecção e inclusão do género.
Com base nos dados da CVA tornados públicos no início deste ano, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho procura angariar 11,8 milhões de dólares para apoiar a Cruz Vermelha de Angola (CVA), devido à seca na região Sul do país.
Os dados apontam que as ajudas da instituição internacional alcançaram 221.308 pessoas e o apoio prestado incluiu matérias de saneamento, saúde e nutrição.
Além destas ajudas, 3.900 pessoas receberam assistência monetária e foram reabertas quatro cozinhas comunitárias que servem mil pessoas nos municípios do Virei e de Camucuio, ambos na província do Namibe.
Fonte: JA
Artigos relacionados
-
Ação policial deve ser considerada devido às falhas da Igreja da Inglaterra (CofE) em casos de abuso infantil, diz revisor.
-
A Igreja como coluna e baluarte da verdade
-
Igreja defende a criação de fazendas comunitárias
-
Entenda a doença, cuidados e a situação actual
-
Luanda promove Campanh de arborização e limpeza