O Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA) vai criar, durante o segundo semestre deste ano, dois novos pontos de emergência, na comuna do Cunje e no Centro Administrativo do Cuquema, no município do Cuito, para socorrer, em tempo oportuno, as vítimas de acidentes rodoviários, nas Estradas Nacionais 250, no corredor Leste, e 140, que liga a região Sul do país.
A informação foi avançada, ontem, pela directora do INEMA no Bié, Teresa Sayovo, que considerou os pontos estratégicos para os serviços da instituição na região, pois são de rápido acesso para quem se dirige ao Norte, Leste e Sudeste do país, a partir do Bié.
“Actualmente, temos apenas uma base na cidade do Cuito, que era insuficiente para acudir todas as emergências, tendo em conta a configuração geográfica da província, que faz ligação com as regiões do Norte e Leste, fundamentalmente”, disse.
Teresa Sayovo referiu, por outro lado, que a linha de emergência do INEMA no Bié recebe, diariamente, uma média de 20 chamadas de socorro, de diferentes pontos da província e nem sempre é possível acudir a todos com a eficácia necessária.
De Janeiro a Abril, realçou, foram registados 1.785 casos que “pediam” a pronta intervenção dos serviços do INEMA. O número de solicitações, avançou, tem causado constrangimentos na intervenção rápida e pontual dos serviços do Instituto Nacional de Emergências Médicas.
No quadro da inovação dos serviços do INEMA, frisou, tem realizado, de forma contínua, a formação e capacitação de técnicos de emergências e motoristas, com vista à prestação de um atendimento especializado aos cidadãos.
“Como em toda a actividade humana, a qualificação dos recursos humanos merece atenção permanente, pois esses representam os activos mais valiosos na cadeia de cumprimento dos objectivos da instituição”, disse.
Novos meios
O director do INEMA disse, durante uma visita ao Bié, que a instituição necessita de mais meios técnicos, sobretudo helicópteros e aeronaves de asas fixas, para resgatar cidadãos nas grandes cidades e estradas nacionais.
José Azevedo Ekumba avançou que, para o resgate de pacientes em locais de grande complexidade, o INEMA tem dependido do apoio das Forças Armadas Angolanas. “Pelos desafios actuais, a instituição já deveria ter meios próprios”, disse.
Em relação à província do Bié, José Azevedo Ekumba mostrou-se satisfeito com os níveis funcionais e de organização, sobretudo pelo dinamismo no atendimento humanizado ao cidadão.
Fonte: JA