A Comunidade Ismaili angolana está em luto após o falecimento, na última terça-feira, do 49.º Imam hereditário (líder espiritual dos muçulmanos Shia Ismailis), Aga Khan, aos 88 anos, em Lisboa, rodeado pela família.
De acordo com um comunicado, enviado ao JA Online, a Comunidade Ismaili angolana reagiu com “profunda tristeza” ao tomar conhecimento do falecimento ” de sua Alteza o príncipe Karim Al-Hussaini Aga Khan IV” que era descendente directo do profeta Maomé, por meio da filha, Hazrat Bibi Fátima, e do primo e genro, Hazrat Ali, o quarto califa do Islão e o primeiro Imam Shia.
Simultaneamente, era o filho mais velho do príncipe Aly Khan e Joan Yarde-Buller, e neto e sucessor do falecido Sir Sultan Mahomed Shah Aga Khan III.
O também presidente e fundador da Rede Aga Khan dedicou a vida “à melhoria das condições de vida da sua comunidade e das populações dos países onde vivem, independentemente da raça, género, etnia ou religião”, tendo liderado uma das maiores organizações internacionais privadas de desenvolvimento que serve “comunidades em algumas das regiões mais frágeis e subdesenvolvidas do mundo”.
Segundo o documento, o líder espiritual dos muçulmanos Shia Ismailis era amplamente respeitado como “estadista” e “defensor da paz e do progresso humano”.
O 50.º Imam já foi designado e será anunciado após a leitura do testamento de Aga Khan, nos próximos dias.
Quanto às cerimónias fúnebres, a Comunidade Ismaili angolana adiantou que serão dadas a conhecer em breve.
De acordo com a imprensa internacional, Aga Khan nasceu a 13 de Dezembro de 1936, na Suíça, onde frequentou a Le Rosey School, o mais antigo internato particular daquele país europeu, durante nove anos, cresceu no Quénia, e licenciou-se na universidade norte-americana de Harvard.
Em 11 de Julho de 1957, com 20 anos de idade, tornou-se o líder espiritual dos muçulmanos Shia Ismailis, sucedendo ao Aga Khan III, seu avô, que faleceu, na Suíça nesse dia, e continuando o legado até aos 88 anos, em Luanda
A rede Aga Khan para o Desenvolvimento que foi impulsionada pelo Aga Khan IV, é parte dos ensinamentos legados pela visão do Aga Khan III ao neto, tendo uma actuação em pelo menos 30 países pelo globo.
O trabalho desempenhado pela fundação é de promover a “ética do islão Shia Ismaili” e encorajar a comunidade ” a evoluir ao mesmo tempo que evoluem as instituições”, referiu a investigadora Faranaz Keshavjee, ismaili e investigadora em estudos islâmicos, conforme outra fonte.
Fonte: JA
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