Que existem conflitos entre jovens mesmo dentro da Igreja, você já sabe. As suas causas e os seus efeitos, talvez ainda não sabe.
Gestão de de conflitos nas sociedades religiosas, foi tema de uma palestra que aconteceu na Congregação de Monte Sinai, ligada a Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), em Luanda, que teve como prelector o irmão Guelmar Stover.
Mestre em Recursos Humanos, o palestrante, apontou durante a sua intervenção, o espírito exagerado de competição, quebra de confidencialidade, assédio, promoções sem consentimento da maioria, como causas de conflitos.
Entre os jovens, afirmou, é muito frequente que quem falha, não aceite assumir as suas responsabilidades e disse que a boa comunicação é importante para a existência de grupos. “Eu aconselho, sobretudo os responsáveis de grupos, devem procurar trabalhar em aspectos de comunicação, porque, é que sustenta a vida das organizações”.
Por estarem nos grupos, pessoas com diferentes pontos de vista, disse ser necessário o respeito pelas diferenças. “O problema é que por vezes, temos aquele irmão que quer que, o que ele fala, é o que tem de ser feito. O irmão quer ser o único a ter razão. Temos de ter capacidade de entender e respeitar os pontos de vista de outras pessoas.” Apelou.
O prelector, disse também aos participantes, que “não há vida sem conflitos” e que os mesmos são inevitáveis e nem sempre negativos. “Quando alguém diz que o conflito é algo negativo não é cem porcento verdade. Os conflitos, muitas vezes podem ser fonte de oportunidades.”
Muitas vezes, disse, os conflitos “levantam” problemas esquecidos. “Àqueles problemas que tínhamos de resolver e deixamos para trás, quando surge um conflito, as pessoas param para resolve-los.”
Sobre os efeitos dos conflitos, Guelmar Stover, falou, que são negativos quando, diminuem a comunicação entre as partes envolvidas, criam preconceitos e quando as pessoas se tornam autoritárias e ao mesmo tempo violentas.
“Quando o conflito é resolvido de forma positiva, encoraja novas ideias, novas formas de trabalhar melhora a qualidade da visão (do líder)”.
Quanto as formas de resolução, destacou o perdão e a mediação, que consiste trazer uma terceira pessoas para ajudar a resolver o problema. “Mas este terceiro tem que ser neutro, não pode tomar partido de A nem de B.” Alertou.
Muitas vezes resolvemos os conflitos com o coração, observou. “Os conflitos devem ser resolvidos com a cabeça”.
Quanto mais conflitos uma pessoas viver, mais preparada estará para enfrentar a vida. Realçou.
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