Lançamentos de CDs e concertos musicais dos “grandes players do mercado gospel”, agitam os últimos dias do ano 2017 que se apressa em terminar.
Na perspectiva meramente mercadológica, pode-se dizer que é a oportunidade que cada um tem para se posicionar no mercado ou consolidar posição antes conquistada.
Para muitos, a expressão mercado gospel trás alergia, mas lutam incessantemente por conquista-lo.
Vale lembrar, que mercado é o ambiente físico ou virtual destinado a troca de bens (ex: CDs) e serviços (ex: concertos). Muitos artistas gospel ou evangélicos se preferir, mesmo não assumindo, estão no mercado procurando vender seus CDs, concertos e produtos de merchandising. Alguns, em função da qualidade oferecem, ocupam posições relevantes e vendem mais.
Mas voltemos a nossa atenção ao mês de Dezembro. Bambila tem concerto marcado para o dia 2 de Dezembro no Cine Atlântico, em Luanda. Envolvido em muitas polémicas, o músico terá agora a oportunidade de testar sua (im)popularidade e se “reconciliar” com os admiradores que o acusam de se ter desviado excessivamente do propósito do ministério.
Miguel Buila vai comercializar e autografar a sua mais recente obra discográfica “Deus me consola” que conta com as participações dos músicos Kyaku Kadafe, Yola Semedo e Anselmo Ralph. São raros os casos de músicos evangélicos que convidam seculares para as suas obras. Depois do dia 2 de Dezembro, vamos saber os resultados da nova estratégia mercadológica de Buila. Imitadores dessa estratégias, com certeza não faltarão.
A Massimo Som de Ambrósio Lemos, realiza a 2 edição do Sarau Gospel a “reunião dos Santos”, no dia 3 de Dezembro. Depois de ter lotado o Cine Atlântico em 2016, Sarau Gospel tornou-se umas das mais valiosas marcas do mercado. Lotar o pavilhão da Cidadela, não só vai lhe conferir maior prestigio, como vai lhe colocar em posição cimeira no mercado.
Guy Destino realiza o seu 8º Giga Concerto Gospel com 1000 vozes masculinas no pavilhão multi-usos do Kilamba no dia 10 de Dezembro. Encher o pavilhão, deve estar entre as metas do músico e se o fizer, vai consolidar sua a posição no mercado.
Ao longo de 2017 muitos concertos de música gospel foram fiasco. Da venda CDs, melhor nem falar. Muitas razões poderiam ser apontadas, num outro artigo farei questão, mas agora importa dizer que os artistas cristãos têm de parar com a velha mania de que são “homens de oração e o Espírito Santo faz por eles”. O resultado desta forma de pensar/viver tem sido catastrófico, afundando-os em dívidas.
Sim, o Espírito Santo pode agir, não há margem para dúvidas. Mas o artista deve fazer a sua parte. Trabalhar, trabalhar e trabalhar arduamente. Claro que o Espírito Santo não capacita o artista para fazer tudo, por isso é importante recorrer a especialistas. Mas o especialista cobra e por vezes não cobra pouco, mas oferece qualidade.
Última nota para não tornar o artigo fastidioso. Quem quer vender seus CDs, concertos e etc, deve ter coragem suficiente para assumir isso e faze-lo com a qualidade necessária, pois o mercado não é caridoso. Mas é importante lembrar que o músico cristão vende para financiar seu ministério e deve se apartar de práticas, algumas imorais, presentes no mercado secular. Faço esta exortação porque alguns músicos cristãos têm práticas piores que dos seculares.
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