O Reverendo Antunes Huambo, esclareceu no domingo (06.10), que não é o primeiro Pastor angolano envolvido na política partidária. Os outros afirmou, “sentem vergonha” por isso não assumem publicamente.
O religioso fez tais pronunciamentos no Programa Harpa da Rádio Escola (produzido pela Associação dos Músicos Cristãos de Angola – Asso-musica), que abordou a participação dos cristãos na política.
“Já tivemos Pastor Primeiro Secretário Provincial do MPLA. Já tivemos governador provincial Pastor”, disse Huambo, recusando no entanto o pedido do moderador do debate – Luís Capoco, para que citasse alguns nomes. “Hoje mesmo que estou a falar aqui, temos gente, Pastor, cadeira grande no MPLA. Temos também no Executivo, temos Pastores nos cargos de direcção nacional”, reforçou.
Não é pecado participar da vida pública e política do país ou estar inserido num partido político, explicou o Pastor que é Presidente do Fórum Nacional da Juventude Religiosa e líder da Igreja Coligação Cristã em Angola (ICCA).
Outro participante ao debate, o Pastor Luciano Bunga – coordenador da Comissão Instaladora do partido CERA, esclareceu que a Constituição angolana veta a possibilidade existir um partido cristão, mas que o seu partido é constituído maioritariamente por cristãos, o que suscitou a rejeição de Antunes Huambo, que afiançou ser o seu MPLA que congrega a maioria dos cristãos.
“Àquelas mulheres que andas a ver, de lenço amarelo, são as mamãs da igreja. Tem também Pastoras, mamãs da OMA”.
Ainda no debate, marcado por várias contradições entre os dois Pastores, Luciano Bunga, reprovou a implementação do IVA no momento actual e criticou o facto de “mamãs cristãs” dançarem para políticos em determinados eventos, prática que no seu partido, não é aceite.
“Nunca vi uma ministra a dançar para o Presidente. Porquê?”, questionou o Pastor Bunga, denunciando de seguida que isso só acontece com “as mamãs pobres”.
Os partidos tradicionais, lamentou, “estão a fazer mau uso do povo angolano”.
Antunes Huambo, reconheceu que o seu partido (MPLA) falhou no exercício da governação e por isso criou o lema “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”.
“Não é outro que vai corrigir porque ele não sabe onde é que está errado. Nós que erramos, que temos consciência do erro, estamos em condições de identificar onde é que está o erro para corrigir.”
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