O profeta Alpha Lukau, líder do Ministério Aleluia Internacional, está sendo processado por três funerárias sediadas em Johanesburgo, informou hoje, o portal sul africano The South African.
Uma das agências acusa o religioso de fazer uso indevido de seu carro funerário numa “cerimónia bizarra” em que supostamente ressuscitou um membro da sua congregação e de ter causado “danos irreparáveis à sua reputação”.
Os funerários em questão – Kings & Queens, Black Phoenix e Kingdom Blue – afirmam que foram enganados para ajudar na cerimónia. Representantes da igreja aparentemente enganaram e mentiram durante a contratação dos seus serviços.
A suposta ressurreição
Imagens de vídeo, que desde então se tornaram virais, retratam um homem, supostamente falecido, sendo trazido de volta à vida de maneira espectacular pelo Profeta Alpha Lukau. O líder da igreja é cercado por fiéis e apoiadores quando ele “acorda” o homem, que está vestido de branco, deitado quase imóvel em um caixão.
Ainda segundo o portal, o golpe publicitário atraiu o desprezo do público e dos teólogos que acusaram Lukau de ser um falso profeta, realizando “milagres” encenados para enganar seus crentes.
Pelas redes sociais circulam imagem que mostram o homem que supostamente ressurgiu da morte em outros momentos a trabalhar com o profeta. Ele era um de seus assessores.
Entre o negócio e a ostentação
É conhecido por seu estilo de vida luxuoso, que pode ser visto nas medias sociais, onde ele publica fotos de jatos particulares e carros chamativos.
Entre a sua colecção de “brinquedos” estão um Range Rover, um Bentley, um Lamborghini, um Rolls Royce, uma Ferrari e uma bicicleta personalizada de três rodas.
Segundo o Sunday Word da África do Sul, em 2016, Lukau criou controvérsia quando realizou uma “conferência de casamento”, onde cobrou quase 500 dólares americanos à mulheres que desejavam encontrar maridos.
O questionamento deste evento, assim como o amor de Lukau aos bens materiais, deixou um jornalista cristão em apuros em 2017, quando perguntou: “Os cristãos devem dar aos pastores ricos?”
O jornalista, Solomon Ashoms Izang, foi processado e condenado pelo tribunal que o proibiu de de publicar comentários considerados “difamatórios” sobre Lukau, sua esposa ou sua igreja. Isso foi depois que a igreja o levou ao tribunal por fazer comentários sobre o evento de 2016 para mulheres solteiras.
A sua igreja, fundada em 24 de fevereiro de 2002, comemorou seu 17º aniversário no domingo.
A igreja tem 95.000 membros na Namíbia, na República Democrática do Congo, Angola, Zâmbia, Europa e América do Sul.
Lukau tem 89.000 seguidores no Instagram e mais de 21.000 no Twitter, onde ele exibe sua opulência.
Como o proprietário de uma empresa de investimentos, ele sabe arrecadar o dinheiro. Em 2017, ele já estava cobrando cerca de 500 dólares americanos por um ingresso para um evento, enquanto os ingressos VIP custavam acima dos 1000 dolares, de acordo com o Sunday Times.
Lukau goza de status VIP na África do Sul e tem uma escolta policial a sua disposição quando vai a igreja.
C/ TheSouthAfrican e Sunday Wolrd
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