Completou mais um ano de vida, a cantora Glória da Lú. É dos rostos femininos que mais se destaca na música gospel angolana.
Acompanho seu trabalho e vejo que mais do que potencial, tem força, vontade e ousadia, que lhe levará a galgar grandes patamares.
Quando pensei em escrever estas notas, lembrei-me de um comentário que fiz em certa ocasião. Foi motivado pela ausência do pai dela no espaço em que estávamos.
Todas as vezes que cruzei-me com ela, excepto naquela, esteve sempre acompanhada pelo seu progenitor. Sei que dele, tem recebido apoio crucial para o sucesso da sua carreira.
O comentário a que me referi atrás, tem haver com o acompanhamento que parentes devem fazer, sobretudo quando a artista ou artista está no início da carreira. Existe muito assédio (moral, sexual) no mercado da música, normalmente protagonizado por pessoas com algum poder financeiro ou influência.
São inúmeras as histórias no gospel, de cantoras que cederam a corrupção. Claro que algumas, talvez já se desligaram da música porque dormiram e não obtiveram resultados esperados. Cantoras há, que dos estúdios não conseguiram outra coisa que não fosse gravidez.
Creio que se tivessem tido apoio estariam melhor preparadas para resistir às tentações e estariam a encantar corações como faz hoje a Glória. Talvez não ao nível da dela, mas certamente em paz de espírito.
Esse acompanhamento, é bem melhor quando feito por quem conhece o mercado da música e convive com a/o artista.
Estou convencido que os pais e maridos das outras cantoras, devem estar mais presentes nas suas carreiras, para orientá-las e garantir necessária protecção. É bom dizer que conheço esposos de cantoras, que não as deixam sozinhas.
Pelo aniversário está de parabéns a Glória da Lú, mas também o pai dela pelo que tem estado a fazer: orientar e proteger a filha.
Para o presidente da Asso-Música, fica o apelo para refletir na promiscuidade que existe na música gospel e com os seus associados, encontrar formas de erradicar este mal.
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