Prática de contornos cada vez mais preocupante, a violência doméstica tem causado inúmeros males nas famílias.
Para lá da violência, não são poucas as vezes que este mal termina em mortes, em consequência de agressões físicas bárbaras.
Recentemente, a sociedade foi surpreendida com a morte da agente da Polícia Nacional, Elsa da Costa, na sequência de facadas desferidas pelo ex-companheiro. Junta-se a esse triste acontecimento, a morte da jornalista Maria Gorety
Semedo, três semanas antes, vítima de espancamento e cujas suspeitas recaem para o marido.
Os dois casos tornaram-se mediáticos pela violência infligida às vítimas pelos agressores. Os números são assustadores e não param de crescer. Além das mortes ou lesões físicas irreversíveis, a violência doméstica acaba, igualmente, por afectar o estado emocional e social dos familiares das vítimas.
Dados do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulherapontam que cinco a seis casos de violência doméstica são cometidos diariamente em Luanda, com realce para o abandono familiar, que tem nos efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas os principais prevaricadores, uma situação que tem estado a preocupar os ministérios do Interior e da Defesa Nacional, mas também a sociedade em geral.
Entretanto, Luanda lidera a estatística no país com mais de 50 por cento de ocorrências.
Segundo o relatório da Direcção de Combate aos Crimes Contra Pessoas, afecta ao Serviço de Investigação Criminal
(SIC), entre 2017 e 2018 a província registou 862 casos.
Fonte: Jornal Metropolitano