"Convidas um músico para actuar 14 horas ele aparece 17"

A rádio Tocoísta promoveu um debate com realizadores de eventos gospel no dia 6 de Dezembro, que contou com a presença de Mr. Black, Silva Music, Emanuel Fiel e Joaquim Massala.

Para o músico e promotor de eventos, Mr. Black, 2018 deixa um saldo negativo porque a sua produtora, que anteriormente realizava três actividades por mês, conseguiu apenas trabalhar em parcerias com outras organizações.
O músico reconheceu que produzir eventos não é fácil e disse ser necessário “quebrar o tabu”. “Se quem está a produzir o evento coloca artistas de cartaz da Igreja Bom Deus, a maior percentagem do público será do Bom Deus. Se os artistas de cartaz, forem da Metodista, a plateia maioritariamente, virá da Metodista.”
Isso tem de acabar porque o gospel não tem cor religiosa.
Já Silva Music considerou que 2018 foi positivo. Lamentou que todo que hoje, “todos querem cantar”, mesmo sem “base consolida”.
Disse que faltam promotores de eventos que tenham dinheiro. “As pessoas devem ter noção que a música envolve muito dinheiro na sua produção” e aos promotores de eventos pediu que evitem o “amiguismo”.
Emanuel Fiel, concordou que muitas pessoas que organizam eventos “sem ter noção do que é um evento”. Apelou a formação e lembrou que um evento começa na planificação, pré-produção, produção e depois a pós-produção.
“Muitos dos eventos que acontecem em Angola, as pessoas não planificam, não identificam os objectivos.” A planificação, referiu, é chave fundamental. Segundo Fiel, um evento mal organizado mancha a Igreja e o líder da mesma.
Os atrasos constantes, foram referidos por ele. “A maior dificuldade nos nossos eventos são atrasos dos amantes da música, atrasos dos músicos. Os músicos gospel atrasam muito, não cumprem horário, convidas um músico para actuar 14 horas ele aparece 17 horas.”