O Cine Atlântico, acolheu ontem, o concerto “Me dá só Samuel”, do músico evangélico Nsimba Reoboth.
Francisco Doceta, que abriu o concerto, Fernandinho Art, Ruth Kuniasa, Josafat Joss, Joly Makanda, Israel de Deus e o grupo Filhos do Ngana, fizeram-se ao palco onde Reoboth apresentou músicas do álbum discográfico.
Líderes religiosos e artistas evangélicos, estiveram entre a multidão que lotou o Cine Atlântico.
Emocionado e quase sem palavras, Nsimba Reoboth, disse a reportagem do Arautos da Fé, que o nome do Senhor foi exaltado no Cine Atlântico”.
“Glorificamos, exaltamos o nome do Senhor. Não contava com essa multidão, foi muito forte. Agradeço a Deus, ao público está a consumir a minha obra”.
Ambrósio Lemos, Director da Massimo Som, que realizou o concerto, destacou participação do público e afirmou que sem amor a obra de Deus não é possível realizar um evento de género, por conta das condições que o país oferece. Lamentou a burocracia excessiva, faltas de espaços, dificuldades para divulgação nas televisões e rádios, que “cobram muito caro” e “muitas vezes” se constituem em empecilhos.
Do Ministério da Cultura, a produtora não recebe nem apoio institucional. A título de exemplo, citou, o orçamento desta actividade do Nsimba, a produção, ficou no valor de 6 milhões de kwanzas e nenhum apoio foi recebido.
O Patriarca João Kisungo Miezi Metouschelah, revelou que não esperava ver aquela moldura humana no Cine Atlântico, por ser Nsimba Reoboth, um músico novo no mercado, mas reconheceu que a sua carreira “está a ir bem”.
O concerto, contou o patriarca, foi antecedido por “um trabalho de sacrifício de 100 dias de jejum. Revelou ainda que Nsimba Reoboth, ficou sete dias fechado num quarto em sua casa em oração e só “saiu apenas sexta feira”.
“Não estou a dizer que apenas o jejum resolve tudo, mas, devemos entender que o sacrifício dá resultado quando é acompanhado com a graça do Senhor. O Nsimba é homem de oração.”
Massimo Som faz balanço positivo
Ambrósio Lemos, disse a reportagem do Arautos da Fé, que a sua produtora fecha o ano 2018 com balanço positivo, apesar de alguns sobressaltos.
A Massimo Som, referiu, colocou no mercado músicas promocionais de dois dos seus agenciados, Elias Miguel e Beliano Adelino e trabalha para a conclusão dos seus álbuns, com lançamento previsto para meados de 2019. Destacou também a realização de uma campanha de doação, do concerto do músico Elias Miguel e a sua tournê por Joanesburgo, Cape Town e Windhoek.
Anunciou para 2020, o regresso do Sarau Gospel, evento que já se tornou marca da produtora, “num formato ainda melhor, com três cantores internacionais e 15 cantores nacionais.” Dentre as razões para o adiamento, destacou a financeira. “Só para revelar que o Sarau para este ano estava avaliado em 16 milhões (de kwanzas), traríamos o Pastor Anthony Buma.”
Apelo ao Ministério da Cultura
Ambrosio Lemos, apelou para que o Ministério da Cultura, apoio as produtoras, sobretudo pelos “ganhos que a música gospel proporciona para o país”.
Tudo que a gente divulga, disse, é mensagem de amor, respeito, civismo. “O governo não perde nada, as grandes empresas angolanas devem olhar para a música gospel.
Infelizmente, disse com nostalgia, que as instituições preferem apoiar “a noite do calção rasgado, noite do me dorme, coisas que destroem a nossa sociedade”.
“A Palavra de Deus é o único caminho para este país ter sucesso a todos os níveis e hoje, estamos a contribuir para isso.”
Artigos relacionados
-
Ação policial deve ser considerada devido às falhas da Igreja da Inglaterra (CofE) em casos de abuso infantil, diz revisor.
-
A Igreja como coluna e baluarte da verdade
-
Igreja defende a criação de fazendas comunitárias
-
Entenda a doença, cuidados e a situação actual
-
Luanda promove Campanh de arborização e limpeza