O prazo dado às confissões religiosas que actuam ilegalmente em Angola para se legalizarem terminou ontem, recordou o director nacional dos Assuntos Religiosos (do Ministério da Cultura), Francisco de Castro Maria.
Citado pela Rádio Nacional de Angola, Francisco de Castro Maria lembrou que foi dado o prazo de 30 dias para as confissões religiosas regularizarem a situação e que findo o prazo passar-se-ia à aplicação das medidas previstas na lei.
O Ministério da Cultura tem registado 84 igrejas e 1.106 aguardavam reconhecimento legal. Recentemente, em declarações aos jornalistas Francisco de Castro Maria sublinhou que o número de igrejas ilegais no país pode chegar a quatro mil, na medida em que existem muitas fora do controlo do Executivo.
Na altura, Castro Maria afirmou que a Igreja Mundial está a trabalhar de forma ilegal, por fazer parte das confissões que actuavam sob respaldo das plataformas ecuménicas, concretamente pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs de Angola (CONICA).
O director nacional afirmou que mais de 50 por cento das igrejas implantadas no país são estrangeiras, provenientes da República Democrática do Congo, Brasil, Nigéria e Senegal.
Os requisitos para abrir uma confissão religiosa passa primeiro pelo alcance de cem mil assinaturas reconhecidas presencialmente no notário, em 12 províncias, por fiéis maiores de idade e uma declaração de bens dos líderes.
“Além do requerimento que a comissão instaladora da confissão religiosa deve emitir ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, com documentos de certificação de admissão para evitar duplicidade de nomes.”
Francisco de Castro Maria informou que desde o ano de 2000 não foi possível a legalização de mais igrejas, por culpa das confissões religiosas, que tiveram dificuldades em reunir cem mil assinaturas, devidamente reconhecidas pelo notário.
Fonte: JA
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