Carta aberta de Luís Capoco, publicada originalmente na sua conta do Facebook, e destinada a classe de músicos gospel.
CARTA ABERTA PARA TODOS OS MÚSICOS GOSPEL DE CABINDA AO CUNENE
Caro Músico Gospel, sabia que a música gospel noutros pontos do mundo é um produto vendável?
Isso mesmo, mas para tal requer uma estrutura bastante sólida e bem gerida.
Um bom profissional investe e acautela-se veementemente na sua matéria prima de trabalho. Desde à formação, informação, investigação e até nos procedimentos jurídicos.
Convenhamos que, os músicos Gospel angolanos não sejam leigos e nem tão pouco hipócritas.
Porém, é do domínio da classe que, existe uma instituição que se cinge em desenvolver a música gospel, defender os direitos dos artistas gospel, criar oportunidades nos mídias e regular o movimento cultural cristão.
A mesma chama-se Asso-Música, Associação de Músicos Cristãos de Angola que, foi acreditada pelo Ministério da Cultura no dia 5 de Julho de 2007.
Tendo a Certidão emitida pelo 2° Cartório Notarial da Comarca de Luanda e encontra-se registada na Direcção Nacional de Acção Cultural do Ministério da Cultura à luz da lei n°14/91, de 11 de Maio, Lei das Associações, que a habilita a realizar actividades culturais.
Entretanto, atendendo o pressuposto de que, juntos ou unidos somos mais fortes, apraz-me deixar aqui algo bem patente:
Enquanto os músicos Gospel trabalharem paralelamente, em Ilhas ou em grupinhos, jamais testemunharemos progressos neste género. E por outra, é imperioso que pensemos no amanhã, ou seja, podes até fazer muito sucesso hoje e viver da música hoje, mas é fundamental garantir uma aposentadoria coesa. Somente uma associação deve garantir isso à um artista.
Estimado Levita, Adorador ou mesmo músico Gospel, não se acomode com a possibilidade que tens de ir ao programa Janela Aberta, Dá um kool, A Tarde é Nossa entre outros, pois, isso somente não vai fazer de ti um grande artista.
Até porque a bíblia mesmo diz em Salmos 133 que, onde há união o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.
– Face a tudo isso, lavro o seguinte questionário que muito me intriga;
1. Por que razão os músicos Gospel não inscrevem – se na sua própria Associação?
2. Porque é que a música gospel ainda não é um produto vendável?
3. É normal um músico que nunca foi membro da Associação, fazer falso juízo?
4. Será que, os músicos Gospel não são membros da sua própria Associação por não saberem da importância de uma organização de género ou é mesmo por ignorância?
5. Não será mais fácil andarmos todos de mãos dadas e corrigirmos o que está mal, para juntos melhorarmos o que está bem?
Obs: O que mais deixa-me atónito, é saber que Associação dos Taxistas funciona, Associação das Zungueiras funciona, Associação dos Cupapatas funciona, mas Associação dos cristãos não funciona, porquê?
Meus colegas de profissão na área musical, respondam ainda essas perguntas por favor. O que se passa afinal de contas…!?