Igreja Messiânica: missionário brasileiro acusado de desviar dois biliões de Kwanzas

A situação forçou a convocação de um congresso extraordinário, previsto para 26 de Outubro deste ano, cujo objectivo é a destituição da actual direcção dirigida pelo acusado cidadão brasileiro Cláudio Pinheiro.
Este, contactado sobre o assunto, via telefone, remeteu-se ao silêncio

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Desvio de bilhões de kwanzas gera crise na Igreja Messiânica

Segundo apurou O PAÍS de fonte da Igreja Messiânica Mundial África(IMMA) em Angola, contra Cláudio Pinheiro pendem acusações de ter desviado mais de dois bilhões de Kwanzas, em nove anos, ou seja, desde 2009, altura em que assumiu a direcção desta igreja.
Este dinheiro, resultante das colectas das seis regiões eclesiásticas, chamou a si a gestão, e nunca prestou contas à direcção da IMMA por razões que a fonte disse desconhecer, apesar de várias solicitações dos seus principais colaboradores.
Por esta razão, segundo a fonte, foi constituída uma Comissão de Salvação da Igreja Messiânica em Angola, constituída por 11 ministros, para a preparação do conclave extraordinário que elegerá o novo responsável máximo da igreja em Angola.
Contra o missionário pendem ainda acusações de má gestão, racismo e desprezo aos pastores ou missionários nacionais, a favor dos da nacionalidade brasileira, cuja situação provocou, faz tempo, uma série de deserções de fiéis e responsáveis com altos cargos de direcção na igreja.
Demissão
Essas práticas atribuídas a Cláudio Pinheiro, segundo ainda a fonte, forçou a demissão do missionário Flávio dos Santos Cabuço a 2 de Agosto do ano em curso, cuja decisão foi apoiada por um grande número de missionários e fiéis que procuram evitar a descrença e a descredibilidade da Igreja.
Enquanto ministro, segundo a fonte, Cabuço considerava-se apunhalado pelo presidente Cláudio Pinheiro que é ainda acusado de professar fé sem autoridade, contradizendo os princípios do fundador Meishu Sama.
A fonte aponta Flávio Cabuço como tendo perdido a sua juventude pela causa da fé messiânica, onde chegou aos 15 anos, e, contra todas as expectativas dos fiéis, o seu desempenho é alegadamente ignorado pelo missionário brasileiro Cláudio Pinheiro.
Subestimação
Aliás, a Cláudio Pinheiro são também apontadas acusações de falta de transparência e omissão da verdade, falta de sinceridade, liderança autoritária e incompatibilidade no cumprimento dos estatutos da igreja de que é líder.
A fonte, aponta ainda a figura de Cláudio Pinheiro como igual a de um hipotético presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil que morava em Miami, Estados Unidos da América, mas que era sustentado com dinheiro doado por brasileiros.
A fonte discorda que Cláudio Pinheiro more na África do Sul, trabalhando em Angola, realçando que esta situação acarreta enormes prejuízos para a Igreja de Angola e para a obra divina em geral.
Por isso, refere a fonte, uma vez Angola albergar a sede da África, o presidente para África deve morar necessariamente em Angola e deve ser angolano à semelhança de países como Japão, Tailândia e Brasil, concluiu a fonte.
Fonte: OPaís

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