À pergunta se existe a “indústria de fé”, que é a conduta de certas igrejas ou seitas religiosas que vão ao bolso de fiéis enganados em nome do Senhor, o frei Mário Rui respondeu: “Não penso que se trate de indústrias de fé, mas de uma forma de ganhar dinheiro, transformando a religião num mercado.”
O prelado acrescentou que, “então, as pessoas acorrem ao mercado consoante a sua necessidade e estão dispostas a pagar para receber o ‘serviço’ que corresponde à sua necessidade”.
Na sua opinião, em muitos casos não se está perante uma religião, mas uma burla, uma manipulação das pessoas para beneficio próprio de quem monta um negócio fraudulento.
“A fé é outra coisa! A fé supõe uma relação de amizade com Deus que é livre, não é interesseira, e que, se é verdadeira, ajuda a desenvolver o que de melhor existe em cada pessoa”, afirmou frei Mário Rui.
“Uma religião verdadeira é uma religação: religa-nos a Deus, ao mais íntimo de nós mesmos, aos outros e à criação”, justificou Mário Rui. Quando se aliena ou manipula as pessoas, pode ser uma crença, “mas penso que não deveria ser considerada fé nem religião”, salientou o frei.
Fonte: JA