Foram ontem, sexta feira, condenados a penas que variam entre um e cinco anos de prisão efectiva os Pastores da Igreja Adventista do Sétimo Dia, acusados de rapto e sequestro do Pastor Daniel Cem, ex-líder da União Nordeste dos Adventistas.
Segundo o site de notícias Correio Angolense, João António Francisco, juiz da causa da 13ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, alega em acórdão que os réus ora condenados cometeram os crimes de rapto e sequestro do líder Daniel Sem, antigo secretário da União Nordeste dos Adventistas do 7º Dia.
Alcino Cristóvão, advogado de Daniel Cem, promete recorrer da sentença do Tribunal de Luanda, por achar que houve uma pena branda aos réus e, entretanto, Bruce Filipe, um dos defensores dos acusados também alega que vai interpor recurso, porque entende que durante o julgamento houve falhas processuais.
Teixeira Mateus Vinte, considerado o líder da organização criminosa, vai cumprir cinco anos e um mês de pena. Pasmoor Hachalinga, de nacionalidade zambiana, antigo responsável da Igreja em Angola, e Burns Sibanda, Tesoureiro da União, foram condenados a três anos e seis meses de cadeia e os restantes membros a quatro anos de pena efectiva.
“Tribunal está esconder um criminoso”
“Essa decisão é errada. Está aqui a proteger-se um criminoso. Digo isso de viva voz. Nunca cometi crime nenhum. Nunca”, desabafou Teixeira Mateus Vinte, tido como cabecilha do rapto e sequestro de Daniel Cem.
“Eu oro a Deus para que vos proteja com saúde e para que no futuro muito breve revele o que terá acontecido com o nosso irmão Daniel Cem”, declarou ainda o pastor, acrescentando: “Deus é meu juiz e fará justiça por isso, mas estou feliz porque fiquei mais conhecido. Louvado seja Deus.”
Feliz estava o ofendido Daniel Cem. Reiterando sua inocência agradeceu aos efectivos da Polícia Nacional e aos membros do Ministério Público pelo trabalho realizado durante a fase de julgamento.
Questionado se enquanto cristão não deveria perdoar os seus irmãos, o ex líder da Igreja do Sétimo Dia da União Nordeste dos Adventistas, respondeu que Deus perdoa mas os pecadores devem assumir as consequências dos seus actos, sendo esta a razão da nossa morte.
Avança ainda que embora tivesse perdoado os seus irmãos de Igreja, a justiça se encarregou de levar o processo em frente tão logo foram identificados os culpados, mas ainda assim os réus não se dignaram em pedir perdão a ele.
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