Os entendidos na matéria dizem que um telescópio ou luneta astronómica é um instrumento que permite estender a capacidade dos olhos humanos de observar e mensurar objectos longínquos. Pois, permite ampliar a capacidade de enxergar longe, como seu nome indica (do Grego “Tele” = Longe + Scopio = Observar), através da coleta da luz dos objectos.
Diz-se que Hans Lippershey, um fabricante de lentes Neerlandês, construiu em 1608 o primeiro instrumento para a observação de objectos à distância: o telescópio. O conceito que desenvolveu era a utilização desse tubo com lentes para fins bélicos e não para observações do céu. Porém a notícia da construção do tubo com lentes por Lippershey espalhou-se rapidamente e chegou até ao astrónomo Italiano Galileu Galilei, que, em 1609, apresentou várias versões do aparelho feitas por ele mesmo a partir de experimentações e polimento de vidro. Galileu logo apontou o telescópio para o céu noturno, sendo considerado o primeiro homem a usar o telescópio para investigações astronómicas.
O telescópio de Galileu também é conhecido por luneta. Galileu, utilizando o seu instrumento óptico, descobriu diversos fenômenos celestes, entre os quais as manchas solares, as crateras e o relevo lunar, as fases de Vênus, os principais satélites de Júpiter, e a natureza da Via Láctea como a concentração de incontáveis estrelas, iniciando assim uma nova fase da observação astronómica na qual o telescópio passou a ser o principal instrumento, relegando ao esquecimento os melhores instrumentos astronômicos da antiguidade (astrolábios, quadrantes, sextantes, esferas armilares etc.). Há vários tipos de telescópios: azimutais, ópticos, raio-x, raios gama e de radiação infravermelha.
Como cristãos precisamos agir como telescópios de Deus ampliando as provas da existência do Criador lá onde nos encontrarmos. Davi, o Salmista afirmou “Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção.”(Salmo 139:14); Isaac Newton disse “Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente”; Napoleão Bonaparte confessou “Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra…, mas lendo as páginas deste livro (a Bíblia) descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu, sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual mediante o sangue da sua cruz”; Martin Luther King também fez a seguinte confissão“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo”; Abraham Lincoln fez a seguinte oração “Senhor, a minha preocupação não é se Deus está ao nosso lado; a minha maior preocupação é estar ao lado de Deus, porque Deus é sempre certo” e Platão disse “O que o homem pode fazer de melhor para a sua felicidade é pôr-se em harmonia constante com Deus por meio de súplicas e orações”.
Como cristãos nós somos os telescópios que devem ampliar e magnificar Deus através das nossas palavras e acções, brilhando em todo o nosso viver. Aprecio bastante a decisão de Paulo Apóstolo “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível; Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”(I Coríntios 9: 25-27).
Há um velho ditado que diz: Campeões não se tornam campeões no ringue – eles são apenas reconhecidos lá. Uma das mais famosas citações do presidente Theodore Roosevelt usa uma analogia do boxe: “Não é o crítico que conta, não o homem que aponta como o homem forte tropeçou, ou onde o fazedor das acções poderia ter feito melhor crédito. Pertence ao homem que está realmente na arena ou seja no ringue, cujo rosto está sujo de terra, suor e sangue; que se esforça corajosamente; que erra e vem próximo de novo e de novo, quem sabe que os grandes entusiasmos e as grandes devoções gastam-se numa causa digna.”
A nossa palavra-chave deve ser perseverar até ao fim. Nós só temos duas escolhas: ceder ou perseverar. Jesus manda-nos a perseverar. A perseverança não é um acto de uma só vez, antes é contínuo. Jesus diz: “perseverar até ao fim”. Quem fica ao meio do caminho é igual ao que nem sequer começou a caminhada. Nós sabemos que não temos forças para perseverarmos até ao fim, mas desistir não é a nossa opção. Por isso, dependemos do Senhor para perseverar até ao fim. Depender dEle significa confiar nEle em qualquer circunstância, quer nos momentos bons quer nos momentos maus.
Deus Pai, ajuda-nos a sermos Teus TELESCÓPIOS e a perseverarmos até ao fim, não pela nossa própria força, mas dependendo de Ti. Amén.
Amém.