Imagem de capa da notíciaEntenda a doença, cuidados  e a situação actual

O que é a Varíola dos Macacos?
A Varíola dos Macacos é causada pelo vírus Orthopoxvirus, pertencente à mesma família do vírus da varíola humana. Embora demonstre semelhanças com a varíola, a Varíola dos Macacos tende a ser menos grave e menos transmissível.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga e, posteriormente, erupções cutâneas que evoluem para lesões, bolhas e crostas, geralmente localizadas no rosto, mãos, pés e, em alguns casos, nos órgãos genitais.
Como se contrai a doença?
A transmissão ocorre por meio de:
• Contacto directo com fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de pessoas ou animais infectados;
• Exposição a objectos contaminados, como roupas ou roupas de cama;
• Inalação de gotículas respiratórias, em casos de contacto próximo e prolongado com uma pessoa infectada;
• Consumo de carne de caça contaminada, particularmente em áreas endémicas.
• Inicialmente associada a áreas rurais da África Central e Ocidental, a doença tem-se disseminado em contextos urbanos e entre grupos com maior contacto próximo.
Prevenção e Cuidados
Para prevenir a disseminação da Varíola dos Macacos, recomenda-se:
Higiene: Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel.
Evitar contacto: Manter distância de pessoas infectadas ou com sintomas suspeitos.
Uso de máscaras: Em situações de contacto próximo e prolongado, especialmente em ambientes hospitalares.
Vigilância alimentar: Evitar o consumo de carne de caça não devidamente cozida.
A vacina contra a varíola humana oferece alguma protecção cruzada contra a Varíola dos Macacos, mas a sua disponibilidade é limitada em muitos países.
Como tratar a Varíola dos Macacos?‎
O tratamento é geralmente de suporte, visando aliviar os sintomas e prevenir complicações secundárias. Casos graves podem requerer cuidados médicos intensivos. Em alguns países, o anti-viral tecovirimat tem sido utilizado em casos graves ou em pacientes imunos suprimidos.
Situação actual em Angola, África e no Mundo:Angola
Em 16 de novembro de 2024, o Ministério da Saúde de Angola confirmou o primeiro caso de Mpox no país, envolvendo uma mulher congolesa de 28 anos na província de Luanda. A paciente e os seus contactos próximos foram isolados no Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP).
África
A doença permanece endêmica em países como a República Democrática do Congo (RDC), que registou cerca de 19.900 casos e pelo menos 975 mortes até Maio de 2024. A propagação para países vizinhos tem sido motivo de preocupação, levando à reativação de planos de contingência em Nações como Angola.
Mundo
Globalmente, até 31 de Agosto de 2022, foram confirmados 51.071 casos de Varíola dos Macacos em 101 países, com 54% dos casos na Região das Américas e 44% na Região Europeia. Em Agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, destacando a necessidade de uma resposta coordenada.
Em suma, a Varíola dos Macacos é uma doença que, embora menos grave que a varíola humana, requer atenção e medidas preventivas eficazes. Em Angola, o fortalecimento das campanhas de conscientização e a prontidão das autoridades sanitárias são essenciais para prevenir surtos e proteger a população.
A colaboração global e o investimento em sistemas de saúde robustos são fundamentais para enfrentar doenças emergentes e garantir a segurança sanitária mundial.
Fonte: JA