Angola entra para a história como o primeiro país africano a realizar telecirurgia em pacientes que padecem de cancro da próstata.
As primeiras seis intervenções cirúrgicas foram realizadas, ontem, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, com recurso a dois robôs montados em centros de tratamentos remotos.
As telecirurgias, que duraram duas horas cada uma, foram orientadas pelo médico, fundador e director do Global Robotics Institute, Vipul Partel, que salientou ser um acontecimento marcante na história da Saúde em Angola, por ser o primeiro país do continente africano a realizar uma cirurgia guiada a distância com robôs colocados em lugares diferentes.
O médico cirurgião admitiu que a retirada do cancro na próstata por telecirurgia não é um método fácil, por envolver um treinamento adequado, mas prometeu capacitar vários centros no país. Actualmente, revelou, está a ser feito um trabalho a nível mundial, no sentido de se prestar capacitar a mais unidades de saúde, com tecnologia de ponta, para permitir que mais pacientes possam beneficiar dos benefícios das telecirurgia.
De acordo com Vipul Partel, o Governo angolano desempenhou um papel fundamental com a realização da campanha massiva de rastreio de cancro da próstata, porque ajudou a diagnosticar vários casos ainda em fase inicial.
Segundo o médico, as doenças cancerígenas, quando diagnosticadas em fase embrionária, têm 95 por cento de chances de cura.
A primeira telecirurgia a ser feita no Complexo Dom Alexandre durou duas horas e todas as outras foram seguimento a mesma linha. Para o sucesso das mesmas esteve envolvida uma equipa multidisciplinar composta por 10 profissionais de saúde.
Fonte: JA