Bispo da Ganda defende união para combater a fome e a pobreza no meio rural

O primeiro bispo da Diocese da recém-criada Diocese da Ganda, província de Benguela, Dom Estévão Mbinga, defendeu, ontem, naquela circunscrição a necessidade da conjugação de esforços entre todas as forças vivas locais, com vista ao êxito das acções de combate à fome e pobreza no seio das comunidades rurais.

O prelado, que falava na sua primeira homilia, durante a missa de tomada de posse, nas vestes de pastor da Diocese, numa celebração testemunhada pelo núncio apostólico e representante diplomático da Santa Sé, em Angola e São Tomé e Príncipe, o arcebispo Kryspin Dubiel, convidou a todos para a promoção da irmandade, prestando maior atenção às famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade.

Na presença de arcebispos e bispos das distintas dioceses de Angola, governantes, deputados e representantes dos partidos políticos com assento parlamentar, Dom Estévão Mbinga frisou que a luz do evangelho se manifesta alegria, comunhão e dimensão comunitária da igreja.

O bispo defendeu que é preciso abraçar os mandamentos, quer do amor, para se poder estreitar a cristo, visando o alcance da vida eterna no cumprimento que tudo ele pede.

O apelo contra o homicídio, adultério, roubo, difamação, fraude e honradez aos pais, foram mencionados na homilia de Dom Estévão Mbinga como sendo virtudes da nobreza de uma personalidade cristã.

Com a confirmação de todos que estiveram na celebração eucarística e solene de tomada de posse do primeiro bispo estão lançadas as bases para o início de uma história que teve como o ponto de partida o dia de Agosto, data da criação da Diocese da Ganda , pelo Papa Francisco.

Dom Estévão Mbinga afirmou que ser cristão é sinónimo de valores como a generosidade, fraternidade e irmandade com todos, sem ter inimigos, rezando inclusive para os que perseguem os outros.

. “ Ser cristão é ser generoso, fraterno e amigo de todos. É rezar até por aqueles que nos perseguem. É saber que até aqueles que são de outras denominações religiosas, até aqueles que nem religiões têm, são nossos irmãos ”, salientou
O mesmo conforme sublinhou deve acontecer, inclusive com aqueles que não respeitam a dignidade da pessoa humana, mas que com orações, podem ser tocados por amor de Deus e devem ter a oportunidade de se converter a luz da palavra.

A Diocese da Ganda conhece uma longa história de homens e mulheres de Deus, cuja criação no presente do tempo, acompanham o passado de muitos missionários, sacerdotes e fiéis que desde os primórdios da expansão da Igreja em Angola têm contribuído significativamente para as comunidades cristãs na verdade da fé.

A Igreja deve ser um lugar da misericórdia, onde todos possam encontrar, acolhimento, amor, perdão e animação, vivendo segundo a vida boa do evangelho.

O bispo enalteceu o Governo e todas as forças vivas que contribuíram para que a criação da Diocese da Ganda, desde a cedência do terreno e outras intervenções, fosse um facto.

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O governador provincial de Benguela, Luís Nunes, reconheceu que a celebração eucarística da tomada de posse do bispo da Diocese da Ganga , representa verdadeira união, tal como no milagre da vida “quando uma mãe gera um filho” .

Para ele, a Arquidiocese de Diocese de Benguela gerou a Diocese da Ganda, um símbolo vivo da dedicação, fé, trabalho colectivo dos missionários, leigos e de toda a comunidade.

“Esta nova Diocese é a prova de que quando caminhamos juntos, movidos pelo amor ao próximo e pela busca do bem comum, atingimos os resultados gizados”, disse, reconhecendo que é precisamente com essa fraternidade que o Estado continua a contar com a participação activa e imprescindível da igreja em todas as áreas.

 

Fonte: JA

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