A Cruz Vermelha de Angola e a Provedoria de Justiça estabeleceram, quarta-feira, em Luanda, um acordo de parceria na defesa dos direitos dos mais vulneráveis ao nível do país.
A provedora de Justiça, Florbela Araújo, disse, no final do encontro, que, no âmbito da cooperação, vão ser levadas as preocupações das comunidades vulneráveis à Cruz Vermelha e, igualmente, intervir junto das entidades competentes para a resolução dos principais problemas que afectam a organização.
“Uma das situações que mais nos preocupam é a falta de salário aos funcionários da Cruz Vermelha, uma questão que dura mais de quatro anos e, ainda, irregularidades no pagamento de pensões de reforma”, avançou, acrescentando que a Provedoria de Justiça vai levar a questão à apreciação das autoridades competentes para o devido tratamento. “Nenhum cidadão deve ser restringido do seu próprio salário, portanto, é um direito que está a ser violado e deve ser reposta a legalidade com urgência”, exigiu.
Principais preocupações
Segundo a presidente da Cruz Vermelha de Angola, Delfina Cumandala, as preocupações que mais afectam a organização é essencialmente no sector da Saúde e o atraso salarial. Por essa altura, disse, “precisamos de colocar a funcionar a Escola Técnica de Saúde, localizada no município de Viana e, igualmente, resgatar os postos médicos que anteriormente pertenciam à Cruz Vermelha de Angola. Precisamos de legalizar a Escola para voltar a leccionar”, revelou.
Em relação ao atraso salarial dos funcionários, Delfina Cumandala disse que a dívida está avaliada em cerca de 600 milhões de kwanzas, acrescentando que a instituição necessita de pelo menos 86 novos funcionários.
Fonte: JA
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