A ministra da Saúde admitiu, ontem, em Luanda, que operar no país recém-nascidos com problemas cardíacos ainda é um grande desafio para o sector, devido à falta de cirurgiões cardíacos pediátricos no Sistema Nacional de Saúde Pública.
Em declaração à imprensa, no final do encontro com o director-geral da Eni Natural Energy-Angola, João Maria, Sílvia Lutucuta informou que está a ser feito um grande investimento no Sector, que inclui a formação de 38 mil profissionais, onde a especialização em cirurgias cardíacas pediátricas é prioridade.
No âmbito da formação dos 38 mil profissionais, esclareceu que mais de três mil médicos e quatro mil enfermeiros frequentam cursos de especialização.
De acordo com a governante, este ciclo formativo tem que ser replicado com a formação de formadores para continuarem com o projecto, até que o país atinja a meta dos 38 mil profissionais, em 2027.
Recentemente, revelou, esteve no país uma equipa de médicos liderada por cirurgiões cardíacos pediátricos de hospitais de referência na Itália, com realce para o Hospital Monzino, que vão apoiar os técnicos do Hospital Cardeal Dom Alexandre do Nascimento com formação local.
A governante anunciou, para breve, o envio para o Brasil de um grupo de médicos angolanos com objectivo de cumprir um ambicioso plano de formação, que vai permitir, em poucos anos, ter equipas autónomas de cirurgiões cardíacos em Angola.
A par disso, o Ministério da Saúde está a preparar condições para a extensão da formação em Cirurgia Cardíaca Pediátrica, no âmbito de um projecto com a Eni Energy, aberto em 2019 e que termina em Novembro.
“Estamos agora a trabalhar para a extensão deste financiamento. Vamos nos focar muito na Cardiologia Pediátrica, Pneumologia, Neonatologia e Medicina Fetal, sendo que esta última área dará diagnósticos muito precoces das cardiopatias congénitas (doenças congénitas do coração) para, em tempo útil, os doentes serem tratados”, adiantou.
Por sua vez, o director-geral da Eni Natural Energy-Angola disse ter identificado novas acções para serem desenvolvidas no sector da Saúde, com duração de cinco a 10 anos.
João Maria frisou que a Eni Natural Energy-Angola tem projectos para a transição energética onde está, também, incluído o sector da Saúde, devendo ser implementados em algumas províncias do país.
Fonte: JA
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