O Ministério da Saúde está a trabalhar na criação de bases para fortificação alimentar a nível nacional, avançou, terça-feira, em Luanda, o secretário de Estado para Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, durante um Seminário sobre “Fortificação Alimentar e Planeamento da Estratégia Nacional”, que termina hoje.
Para implementação do projecto, disse, o ministério está a trabalhar com parceiros, no intuito de identificar quais são os alimentos mais consumidos, de cada região, e como introduzir nutrientes nestes, de forma a prevenir doenças comuns. “O objectivo é reduzir o índice de anemia nas crianças e mulheres gestantes, com a introdução de ácido fólico e ferro nos alimentos”, referiu.
O seminário, salientou, vai dar inicio ao processo de elaboração da política nacional de fortificação alimentar. “Com as contribuições de todos os participantes, vai ser possível criar as bases para o desenvolvimento da estratégia de fortificação alimentar para Angola”, disse.
O coordenador da Rede Africana da Iniciativa de Fortificação de Alimentos (FFI), Ronald Afidra, Angola carece de leis para avaliação e monitoria para o assunto. “Ainda há uma percentagem muito elevada de crianças com anemia no país”, frisou.
Ronald Afidra disse que Angola, no quadro da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), pode trocar experiências com países quanto a fortificação dos alimentos.
O membro do Fundo das Nações Unidas para a Infância e chefe do Departamento de Saúde e Nutrição, Frederico Brito, defende que a estratégia não abrange apenas a fortificação dos alimentos, mas também o nível de suplementação hospitalar, para assegurar os cuidados primários de saúde.
Fonte: JA