Beleza das praias de Luanda encanta excursionistas estrangeiros

Os excursionistas que chegaram ontem a Luanda, com o navio de cruzeiro “Serenade of the Seas”, proveniente da Cidade do Cabo, África do Sul, elogiaram as belezas naturais e os espaços turísticos da capital do país, especialmente as praias.

Em aproximadamente 11 horas, os excursionistas conheceram os principais pontos turísticos e culturais da capital do país. O programa de visitas de ontem foi preenchido com passeios à Ilha de Luanda e ao Mussulo, Miradouro da Lua, Memorial Dr. António Agostinho Neto, Palácio de Ferro e aos Museus de História Militar e de Antropologia.

Ao longo da visita, os excursionistas disseram estar impressionados com a cidade de Luanda. O norte-americano Frank Sullivan mostrou profunda admiração pelos encantos da capital do país, em especial dos locais em que passou. “As praias são impressionantes. Tinha uma imagem muito diferente de Angola, mas, agora, estou surpreso”.

Para John Holbert, outro norte-americano, Angola passa a ser, doravante, um óptimo lugar para visitar. “O povo é hospitaleiro. A recepção foi muito boa. As pessoas que conhecemos foram muito hospitaleiras. A comida é saborosa”, disse, no final de um almoço no restaurante Miami Beach.

A excursionista norte-americana Tracy Kennedy foi outra que também se mostrou encantada com as belezas naturais de Luanda, mais precisamente do município da Kissama. “Estou impressionada com os encantos da Kissama. O Miradouro da Lua é muito bonito. É uma pena que seja apenas por um dia”, afirmou.

O norte-amaericano Frank Sullivan ficou encantado com o que viu. “Temos tido uma imagem errada do país e de África, mais assente nos conflitos. Por isso, é surpreendente encontrar muita coisa linda. As praias então são de uma beleza única”, disse.

O navio de cruzeiro “Serenade of the Seas”, proveniente de Walvis Bay, na Namíbia, atracou ontem, na capital do país, com mais de 1.500 passageiros a bordo, entre os quais 819 tripulantes e 767 turistas, de diversas nacionalidades. Depois de Luanda, o navio, que teve os Estados Unidos como ponto de partida, partiu, às 18h00, de ontem, para o Ghana.

Pontos-chave

O director da empresa Travel Gest disse que, com a chegada do navio, criaram uma excursão com três pontos de referência, assentes nos locais culturais, como museus, de entretenimento, como as praias, e a gastronomia.

“Escolhemos os Museus de História Militar e de Antropologia, Palácio de Ferro e Memorial Dr.António Agostinho Neto. Alguns vão passar o dia na Ilha do Mussulo, num dos resorts locais”, disse, além de considerar o trajecto uma forma de divulgar, o máximo possível, os espaços especiais da cidade capital do país.

Desta forma, adiantou, os visitantes vão saber mais sobre Luanda. “É uma forma de terem uma noção ampla da cidade”, disse, tendo destacado, igualmente, a criação de uma feira para o apoio aos turistas. “O espaço foi criado para expor os produtos locais, assim como permitir aos visitantes comprarem algumas recordações”, disse.

 Projectos

A maioria das instituições que trabalha com o turismo, revelou José Cabral, tem procurado criar pacotes promocionais para maior divulgação dos locais culturais do país. “A mensagem que temos transmitido é para atrair o maior número possível de turistas para conhecerem a realidade e a cultura do país, pois Angola ainda é desconhecida no mundo, em termos do turismo”, disse.

Actualmente, referiu, existe um trabalho para fomentar o turismo local. “Temos feito um trabalho árduo para mostrar que temos um potencial imenso, que não é limitado só a Luanda. A exemplo disso, alguns navios têm feito paragens na cidade de Moçâmedes, no Namibe. Este ano já tivemos duas paragens e no final do ano uma nova embarcação vai parar no Lobito”, anunciou.

O objectivo do projecto, realçou José Cabral, é permitir que os turistas passem por mais portos de Angola. “O objectivo é passar pelo maior número possível de portos do país”, avançou.

Em relação à possibilidade de manter um navio de cruzeiro por mais tempo nos mares Angola, José Cabral adiantou que é uma tarefa difícil. “É algo raro. Não há nenhum navio de cruzeiro que faça isso, porque têm uma rota a cumprir e além disso são embarcações que só trabalham no mar. As paragens são pontuais, para que os turistas possam apreciar os países por onde passam”, afirmou.

O máximo numa estadia das embarcações, garantiu, é de 48 horas. “No máximo, um navio fica dois dias num porto. Esse tempo só acontece quando é para subirem ou descerem passageiros, como acontece normalmente na Cidade do Cabo, na África do Sul”, salientou.

Em 2023, recordou, um navio de cruzeiro permaneceu no cais do Porto de Luanda por dois dias para desembarque e embarque de novos passageiros. Hoje, referiu, o objectivo é permitir que situações do género aconteçam com mais frequência nos portos de Angola.

Estatísticas

De Março a Junho deste ano, um total de 3.576 turistas e excursionistas de seis navios de cruzeiro atracaram nos portos de Luanda e Namibe. Entre os navios constam o Norwegian Down, com 2.102 passageiros, Crystal Serenity com 240, Seven Sea Mariner com 438, SH Vega com 29 e agora o Serenade of the Seas com 767 excursionistas.

De acordo com o director da Travelgest, com a chegada do Serenade of the Seas fica encerrada a época 2023-2024 para os navios de cruzeiro atracarem no Porto de Luanda. Para a época 2024-2025, que inicia em Outubro, avançou que esta prevista a chegada de mais três embarcações, uma a 21 de Novembro, e outras duas nos dias 2 e 21 de Dezembro deste ano.

 

Fonte: JA

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