A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, voltou a visitar, ontem, as obras do novo Hospital Geral de Ondjiva, cuja inauguração está prevista para este mês. Neste momento, o empreiteiro concentra-se na correcção de questões técnicas, como a relativa às águas pluviais, numa altura em que o Executivo defende o cumprimento do prazo dado para a inauguração.
Na companhia da governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, do secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, empreiteiros e fiscal, a governante inteirou-se do andamento das obras da futura unidade sanitária, que vai substituir o antigo Hospital Geral, afectado por um incêndio, em Outubro de 2020, que danificou, totalmente, a ala de Cirurgia e o posto de armazenamento de oxigénio.
No final da visita, a ministra teve um encontro com o empreiteiro e fiscal da obra, assim como com os membros do Governo do Cunene, tendo reiterado a necessidade de se concluir os trabalhos, para colocar o hospital à disposição da população.
Sílvia Lutucuta tem visitado com regularidade as obras do futuro Hospital Geral de Ondjiva. No final de uma visita efectuada em Fevereiro deste ano, a ministra anunciou que a inauguração do estabelecimento, inicialmente previsto para Março, foi adiada para Maio, porque ainda havia trabalhos que requerem acompanhamento.
Na ocasião, informou que tinha sido criada uma equipa do órgão central que ficaria no Cunene em “regime de itinerância” para fazer “um acompanhamento de proximidade”.
No final da visita efectuada ontem, Sílvia Lutucuta afirmou que estava satisfeita com o que viu, “apesar de algumas questões técnicas que têm que ser completadas”. Do ponto de vista das infra-estruturas e do apetrechamento, garantiu que estava tudo na fase final, prometendo trabalhar com o empreiteiro para a inauguração do hospital nos prazos previstos. Neste momento, disse, o desafio está direccionado à correcção, “o mais rápido possível”, das águas pluviais.
Localizado no bairro Naipalala III, o edifício do novo Hospital Geral de Ondjiva tem 26 naves, quatro unidades de internamento, igual número de blocos operatórios, unidade de hemodiálise, um banco de sangue e outros compartimentos.
Cursos de especialização
Setenta profissionais de Saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico da província do Cunene, estão a frequentar, há mais de três anos, cursos nas especialidades de Anestesia, Reanimação, Cuidados Intensivos, Nefrologia, Puericultura e Pediatria, com vista a garantir um atendimento de qualidade às populações no futuro Hospital Geral de Ondjiva.
Segundo a ministra da Saúde, que prestou a informação no final de uma visita de algumas horas ao Cunene, as acções formativas nas províncias do Huambo, Luanda, Benguela, Bié e Huíla e no exterior do país enquadram-se no fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde.
A ministra adiantou que se está a trabalhar com o Governo Provincial do Cunene no sentido de garantir as melhores especializações locais, capazes de atender os utentes de maneira profissional e mais humanizada.
Quando for inaugurado, sublinhou, o novo Hospital Geral de Ondjiva vai fazer parte de um conjunto de unidades sanitárias de referência do país na formação de quadros, cujo programa prevê, até 2027, especializar cerca de 38 mil profissionais de Saúde, nas várias carreiras.
Fonte: JA