A luta contra a malária, tuberculose e o Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV) vai ganhar outra dinâmica com um acordo assinado, ontem, em Luanda, entre o Ministério da Saúde e o Fundo Global, que vai disponibilizar 126 milhões de dólares para os programas de combate a estas endemias.
Com base no acordo, o valor vai estar disponível para o Estado angolano a partir de 1 de Julho deste ano a Junho de 2027 e permitir o fortalecimento do Sistema de Saúde nas províncias de Benguela, Cuanza-Sul e Bié. O acordo foi assinado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, e a chefe do Departamento do Fundo Global para África e Médio Oriente, Caty Fall Sow.
Durante a cerimónia, a ministra agradeceu a parceria e a confiança depositada em Angola, com o aumento do valor da subvenção que passou de 83 milhões para 126 milhões de dólares e permitiu a inclusão da província do Bié no projecto.
“Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que ajudaram a tornar o projecto uma realidade, especialmente as equipas do Fundo Global, os técnicos do Ministério da Saúde e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento”, salientou.
O resultado, realçou, é muito importante para o país, especialmente às famílias e às comunidades. “Queremos que a subvenção se concretize em acções concretas que garantam a sustentabilidade dos mecanismos de gestão existentes, assim como a eficiência na implementação das actividades e na execução de recursos disponibilizados para a prevenção do controlo da malária, tuberculose e HIV”, disse.
Reforço
A chefe do Departamento do Fundo Global para África informou que as actividades financiadas vão reforçar os sistemas laboratoriais, recursos humanos da Saúde, incluindo os trabalhadores comunitários, o sistema de cadeia de abastecimento e o fortalecimento dos sistemas comunitários.
“Angola é um parceiro importante para o Fundo Global, e valorizamos o forte compromisso do Governo em trabalhar com parceiros bilaterais e multilaterais, como a Organização Mundial da Saúde, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), a Organização das Nações Unidas e a União Europeia”, disse Caty Fall Sow.
Os fundos alocados a Angola, continuou, destinam-se a complementar o financiamento do Governo para a Saúde e valorizar o aumento das despesas do Estado.
Fonte: JA