Guy Destino pode, se quiser, fazer da Asso-Música principal instrumento de defesa dos interesses da classe artistas gospel
Já o disse em ocasiões anteriores e volto a dizê-lo agora: a Asso-Música tem de melhorar a forma como comunica com os seus associados e não só, bem como tem de se esforçar para estar sempre na dianteira dos acontecimentos, pelo menos os que tocam os músicos cristãos, associados ou não.
Os anos de existência e o seu percurso histórico, devem ser bem aproveitados pelo actual presidente e o seu staff, para fazer da Asso-Música a “congregação” dos músicos cristãos, como também, fazer dela o principal instrumento de defesa dos interesses desta classe.
Os que dirigem a associação, devem sempre, se lembrar que estão lá para servir a classe. Daí a necessidade de periodicamente, os líderes reunirem com a classe para ouvir, mas também para apresentar planos ou balanços periódicos. E até, pela estrutura orgânica que nos foi apresentada a coisa de um ano, essa tarefa estaria muito facilitada.
O valor da Asso-Música não deve ser visto só pelos que a lideram, deve também ser entendido por todos os músicos cristãos, pois que, grande parte dos desafios que os músicos enfrentam não podem ser resolvidos de forma isolada. Daí a necessidade de os músicos se filiarem e também, que os outros só se filiarão se o ambiente institucional for bom.
Quando a Asso-Música, for percebida nesta dimensão, discussões sobre obrigatoriedade da carteira profissional, exclusão de artistas nacionais de concertos de música gospel ou mesmo contractos/tratamento abusivo de produtoras à músicos ou até burlas de músicos a produtoras, serão coisa do passado.
Reitero, é necessário afastar a Asso-Música dos vícios do passado, torná-la um espaço de diálogo e sobretudo, um espaço de todos os artistas cristãos, independentemente se olham a música gospel mais como profissão ou missão.
Guy Destino, o presidente da Asso-Música, só está no primeiro de cinco anos de mandato. Tem tempo e pode se quiser, fazer da Asso, uma associação de facto. Para isso, terá de aprender a conviver com os que pensam diferente. Deve retirar certo tom militarista na sua comunicação. Não se constroem pontes fazendo uma comunicação intimidatória.
Muitos dos problemas dos músicos seculares são os mesmos que enfrentam os músicos gospel. Nestes casos, buscar a cooperação ou experiência de associações seculares, pode ser positivo. Mas há muitos outros problemas, cujas soluções devem ser encontram dentro.
Realço, no plano teórico, a Asso-Música é um grande projecto, que precisa de uma liderança visionaria e sensível.
Guy Destino pode, se quiser, fazer da Asso-Música principal instrumento de defesa dos interesses da classe artistas gospel
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